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Atitude É Tudo

Atitude É Tudo

01/11/2001
Esta história circulou muito pela internet.

João era o tipo do cara que todos gostariam de conhecer. Ele estava sempre de bom humor e sempre tinha algo de positivo para dizer. Quando alguém lhe perguntava como estava, a resposta seria algo: “Se melhorar estraga”. Ele era um gerente especial pois seus garçons o seguiam de restaurante em restaurante apenas pelas suas atitudes. Ele era um motivador nato. Se um colaborador estava tendo um dia ruim, João estava sempre dizendo como ver o lado positivo da situação.

Fiquei tão curioso com seu estilo de vida que um dia lhe perguntei: “Você não pode ser uma pessoa tão positiva o tempo todo. Como você faz isso?” Ele me respondeu: “A cada manhã, ao acordar, digo para mim mesmo: João, você tem duas escolhas hoje. Pode ficar de bom humor ou de mau humor. Eu escolho ficar de bom humor. Cada vez que algo ruim acontece, posso escolher bancar a vítima ou aprender alguma coisa com o ocorrido. Eu escolho aprender algo. Toda vez que alguém reclamar, posso escolher aceitar a reclamação ou mostrar o lado positivo da vida”.
“Certo” - retruquei. “Mas não é fácil assim”.

“É fácil sim”, disse-me João. “A vida é feita de escolhas. Quando você examina a fundo a situação, sempre há uma escolha. Você escolhe como reagir. Você escolhe como as pessoas afetarão seu humor. É sua a escolha de como viver a vida”.

Eu pensei sobre o que o João disse e sempre me lembrava dele quando fazia uma escolha.
Semanas mais tarde soube que João havia esquecido a porta dos fundos aberta e foi rendido por assaltantes. Dominado, enquanto tentava abrir o cofre, sua mão tremendo pelo nervosismo, desfez o segredo. Os ladrões entraram em pânico e atiraram nele. Por sorte, foi encontrado a tempo de ser socorrido. Depois de 18 horas de cirurgia e semanas de tratamento intensivo, teve alta ainda com fragmentos de bala alojados em seu corpo.

Encontrei João mais ou menos por acaso. Quando lhe perguntei como estava, respondeu: “Se melhorar estraga”. Contou-me o acontecido e perguntei-lhe o que havia passado em sua mente na ocasião do assalto, “A primeira coisa que pensei foi que deveria ter trancado a porta de trás. Então, deitado no chão, ensanguentado, lembrei que tinha duas escolhas: viver ou morrer. Escolhi viver”.

“Você teve medo?”, indaguei.

“Os paramédicos foram ótimos. Eles me diziam que tudo ia dar certo e que eu ia ficar bom. Mas quando entrei na sala de emergência e vi a expressão dos médicos e enfermeiras, fiquei apavorado. Em seus lábios eu lia: “esse aí já era”. Decidi então que precisava fazer algo”.

“O quê você fez?”, perguntei.

“Bem, uma enfermeira me perguntou se eu era alérgico a alguma coisa. Eu respondi: “Sim”. E todos pararam para ouvir a minha resposta. Tomei fôlego e gritei: “Sou alérgico a balas!” Entre as risadas lhes disse: “Eu estou escolhendo viver, operem-me como um ser vivo, não morto”.

João sobreviveu graças à persistência da equipe médica e, também, graças a sua atitude. Aprendi que todos os dias temos a opção de viver plenamente.

Acredito que eu não precise complementar essa história. Apenas penso que, ao invés de reclamarmos que o dia é muito curto, que o dólar subiu, que o próximo ano deve piorar, que o Brasil não vai para a Copa, precisamos pensar positivamente e acreditar em nós mesmos. Afinal de contas, “ATITUDE É TUDO”.
 
 
“Há quem passe pelo bosque e só venha lenha para a fogueira”.
Tolstoi