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A Adversidade É sua Aliada

A Adversidade É sua Aliada

01/04/2003
Certo dia, um homem achou o casulo de uma borboleta. E, no dia em que apareceu uma pequena abertura no casulo, ele sentou e observou a borboleta, por diversas horas, enquanto ela se esforçava em forçar seu corpo através daquele pequeno furo. Depois, parecia parar sem fazer nenhum progresso. Parecia que tinha chegado até onde podia e não poderia, portanto, ir mais longe.
 
Então, o homem decidiu ajudar aquela borboleta. Ele pegou uma tesoura e retirou o que restava do casulo. A borboleta, assim, apareceu facilmente mas tinha seu corpo inchado e pequenas asas enrugadas.  
 O homem continuou a olhar a borboleta, pois esperava que, a qualquer momento, as asas crescessem e expandissem para suportar o corpo, que iria contrair-se com o tempo. Nenhuma das duas coisas aconteceram.
 
Aliás, a borboleta passou o resto da sua vida engatinhando com o corpo inchado e as asas enrugadas. Ela nunca conseguiu voar. O que o homem tinha feito, com a melhor das intenções e que ele não pôde compreender, foi que o casulo restrito, a luta e o sufoco requerido para sair pela pequena abertura eram as formas que a natureza tinha feito para forçar o fluido do corpo da borboleta a passar para as asas. Assim, ela estaria pronta para voar assim que se libertasse do casulo. Mas deveria fazê-lo com sua própria força e capacidade.
 
Amigos, às vezes as lutas são necessárias na nossa vida. Se nós passássemos pela vida sem nenhum obstáculo, seríamos “deficientes”, não seríamos fortes o suficiente e nunca poderíamos “voar”.
 
É lógico que sempre teremos pessoas ao nosso lado, parentes e amigos dispostos a suportar conosco o peso dos problemas e a nos encaminhar para a melhor direção. No entanto, não significa que irão nos carregar e oferecer soluções em bandejas de prata.
 
O fato é que, diante das dificuldades, passamos por momentos de angústia, temor, depressão... Sentimo-nos incapazes, temos pena de nós mesmos e chegamos a ponto de invejar o sucesso alheio.
 
O pintor francês Paul Cézanne, depois de passar por muitas dificuldades em sua tumultuada carreira, tentou descrever esses sentimentos. E assim escreveu: “Será que algum dia alcançarei o objetivo buscado há tempo de forma tão sôfrega? Espero. Mas enquanto não é atingido, um sentido vago de desconforto persiste e não vai desaparecer até que eu tenha alcançado o porto, isto é, até que eu alcance algo mais promissor do que alcancei até agora”.
 
Quando conhecemos a história de sucesso de empresários, esportistas e, até mesmo, de pessoas simples que atingiram suas metas, podemos encontrar um ponto em comum: tenacidade.
 
Isso mesmo. Tenacidade: a força que a pessoa tem para se apegar à sua luta, a buscar obstinadamente seu sonho, superando qualquer obstáculo, ultrapassando todas as dificuldades impostas pela vida em seu caminho.
 
Afinal, por que motivo admiramos empresários que não possuíam nada e hoje encabeçam a lista de bem-sucedidos? Por que ficamos atônitos diante da pessoa, tida como deficiente física, que consegue superar suas limitações e realizar coisas as quais tememos?
 
O segredo está nos obstáculos e adversidades. Afinal, a forma como enfrentamos as dificuldades é a base da nossa força para superar desafios. O homem é prisioneiro da sua própria mente, dos seus medos e pensamentos.
 
Mas é preciso lutar. Imagine se, em épocas de estagnação econômica, guerras internacionais, crises em relações comerciais, todos nós parássemos de realizar nossas obrigações e de buscar nossos objetivos simplesmente por temer o que está por vir, por temer encontrar alguma barreira em nossa trilha?
 
Mesmo que não alcancemos aquilo que desejamos, prontificamo-nos a lutar. E esse deve ser o espírito. O que custa caro é, depois da derrota ou de um objetivo não alcançado, a pessoa constatar que não fez tudo aquilo que estava ao seu alcance para atingir a meta.
 
É necessário. É assim que as coisas precisam ser para que a elas sempre seja dado o exato valor!  
 
Por tudo isso, lembre-se de ter um ótimo dia, uma ótima semana, uma ótima vida e algumas lutas.
Enfrente suas batalhas, fazendo das adversidades o suporte para a sua força.
Rompa o casulo com seus próprios méritos.  Depois “voe”!
 
 
 
“É praticamente uma lei na vida que, quando uma porta se fecha para nós, outra se abre. A dificuldade está em que, frequentemente, ficamos olhando com tanto pesar a porta fechada, que não vemos aquela que abriu.”.
Andrew Carnegie