Qualquer empresa ou marca, ao iniciar suas atividades, possui metas e objetivos de crescimento previstos em seu plano de negócios, formatado com base em suas estratégias e táticas de mercado, ações comerciais, canais de distribuição, comunicação, entre tantas outras ações que concorrem para seu sucesso. Tudo partindo das premissas identificadas por Peter Drucker, o Pai da Administração Moderna, há quase 60 anos, que mostrava que a organização deve ser percebida em face aos seus resultados finais.
 
Embora ainda muito confundido com as ações de comunicação, segundo Kotler o Marketing traduz-se na ideologia das empresas modernas, pois representa a forma de a organização se comportar e agir, comprometendo todas as pessoas que trabalham na empresa e para a empresa. Enfim, é um elo condutor que dá direcionamento e sinergia a todos os departamentos em busca dos objetivos traçados: crescer com solidez, identificando e satisfazendo as necessidades dos clientes.
  
No entanto, no mundo moderno, ágil, dinâmico, plano e colaborativo, nem sempre é possível perceber se a empresa está seguindo seu caminho, por vários fatores: turn-over, mudanças de cenários, concorrência, tecnologia, entre tantos outros fatores que afetam o negócio. Por isso as Auditorias de Marketing têm sido extremamente relevantes para identificar as potencialidades de uma marca, bem como as dificuldades que a mesma pode enfrentar.
  
Esse modelo de serviço assemelha-se às já conhecidas - e reconhecidas - auditorias fiscais, de procedimentos e afins, com objetivo de identificar se está havendo conformidade entre as ações praticadas e os objetivos propostos pela organização. Compreende uma análise profunda da real utilização das ferramentas de Marketing pela empresa, bem com a avaliação dos resultados obtidos, sempre buscando aumentar a performance da empresa, seja nos esforços de comunicação e vendas, nas táticas operacionais ou em sua própria lucratividade.
  
Dessa forma, uma Auditoria de Marketing deve responder a alguns questionamentos, como a manutenção de posicionamento e foco, segmentação e diferenciação, potencial de vendas em mercados determinados, gerenciamento dos canais de distribuição, grau de satisfação de clientes internos e externos, percepção de serviços agregados, avaliação de táticas e desempenho dos esforços de comunicação, entre outros aspectos.
  
Exemplificando: muitas organizações têm foco eminentemente em vendas, num esforço hercúleo para efetuar o primeiro negócio e depois dão as costas para o cliente recém chegado. Outras focam suas estratégias com base nas ações do concorrente, esquecendo-se que hoje a compra de um automóvel concorre uma viagem para a Europa ou com a entrada de um apartamento. Considere ainda as marcas que não são mais relevantes ao seu cliente. Ou ainda as que não primam pela autenticidade (prometem uma coisa e entregam outra, sejam produtos ruins ou comportamentos dissonantes de qualquer colaborador). E mais: aquelas que continuam investindo em formatos de comunicação inadequados, sem nexo de causa e efeito ou mapeamento dos "stackholders".
  
Hoje é preciso investir, cada vez mais, em Inteligência de Mercado, "sentindo o pulso" dos negócios e do ambiente o tempo todo, num modelo de monitoramento intermitente que identifique mudanças de comportamento, novos hábitos de consumo, dissonâncias entre promessa e entrega, bem como tantas outras nuanças que podem se apresentar dessa "corrida maluca" do mundo atual. 
  
A Auditoria de Marketing representa uma bússola, sempre mostrando se estamos seguindo para nosso horizonte, fazendo-nos caminhar ao encontro dos objetivos de sucesso e crescimento. Parafraseando Willian Shakespeare, "sabemos o que somos, mas não o que poderemos ser".
 
  
 
"O primeiro passo para conhecer-se é desconfiar de si mesmo."
Júlio e Augusto Hare