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A Fina Arte de Errar

A Fina Arte de Errar

01/05/2018
Se a busca do ser humano é a “perfeição divina”, os interesses empresariais comungam da mesma meta.
Logicamente, quando digo perfeição, entenda-se a melhoria constante para atingir um estado de plenitude e excelência.
 
E ferramentas diversas nos auxiliam para trilhar esse caminho: PDCA, Pareto, SWOT, Ishikawa, KPIs, Seix Sigma, DMADV, 360°, entre tantas outras.
 
Mas, tenho notado, que não adianta implantar esses sistemas de gestão se não houver aceitação do erro.
Da mesma forma que ocorre no desenvolvimento pessoal, onde é necessária a humildade para admitir o erro sem encontrar culpados (em outrem ou em si), no ambiente corporativo não se pode apontar responsáveis pela falha: o objetivo é melhorar os processos: ou seja, ter eficiência (procedimentos) para alcançar a eficácia (resultado).
 
Ao objetivar a busca da excelência - ou perfeição, é preciso implantar na cultura organizacional um novo sentido para o erro ou imperfeição, desgarrando-se do molde estreito que enrijece e elimina a flexibilidade, as opiniões e o compartilhamento de informações com empatia.
 
Para esse fim, muitos setores desempenham papéis essenciais: Diretoria para direcionamento e credibilidade nas ações, Lideranças para implantação dos novos hábitos, RH e Comunicação para disseminação da cultura, Qualidade e Produção para execução e sugestões de mudanças... cada peça é essencial para atingir a Efetividade e atingir um efeito real, concreto, palpável.
 
No livro "Being Wrong" ("Estando errado"), a autora Kathryn Schulz explica o problema da cegueira quanto aos erros:
" (...) a frase 'estou errado' descreve uma impossibilidade lógica. Assim que percebemos que estamos errados, não estamos mais errados, já que reconhecer que alguma crença está errada é parar de crer nela. Assim, só se pode dizer 'eu estava errado'."
 
Com todo o perdão da colocação, mas parafraseando uma expressão que você já ouviu bastante, “feedback não é fodeback”.
Assimilar erros e admitir a falibilidade é o melhor passo para atingir a excelência.
Sem culpa; sem dor. Apenas uma parte do processo de melhoria.
 
 
“Podemos estar errados ou podemos saber que estamos errados,
  mas não podemos fazer os dois ao mesmo tempo”.
  Kathryn Schulz