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A Gravidez e o Pára-Quedas

A Gravidez e o Pára-Quedas

01/11/1999
Há pouco tempo atrás, uma jovem assistia na televisão o noticiário das 19:00 horas com seus pais. De repente, deixou escapar um grito de espanto. O apresentador acabara de informar que uma certa pílula anticoncepcional, supostamente fabricada por um tradicional laboratório, era falsa. Oito meses depois nasceu uma linda criança que, embora tenha trazido vida e alegria, não era a expectativa e os serviços que a jovem havia comprado.

Na década de 80, em um curto período (03 meses), seis pára-quedas arrebentaram-se no solo em diferentes lugares do mundo. Número assustador considerando-se as estatísticas sobre acidentes com esse tipo de equipamento. Na investigação foi verificado que os pára-quedas procediam do mesmo fabricante e, na inspeção à fábrica, descobriu-se a razão dos acidentes: o gerente de suprimentos resolveu trocar o fornecedor das cordas que, além de terem custado a metade do preço, também renderam uma bela “graninha por fora”.


Mas, será que alguém parou de fazer sexo com medo de engravidar? Será que estão deixando de saltar de pára-quedas?
A resposta, clara e óbvia, é não. Tudo continua a caminhar normalmente. É certo que as pessoas que foram prejudicadas com os fatos têm pendências judiciais e também formam uma opinião negativa a respeito das empresas. Mas, o que aconteceu com essas empresas? Como elas sentiram essas ocorrências? Como ficou a sua imagem?

Logicamente, depois de encontrarem seus erros e passarem a seguir pelo caminho correto, as empresas sentiram a necessidade de esclarecer a população sobre o ocorrido, sempre buscando isentar a corporação de culpa. Mas não foi tarefa tão difícil, pois as empresas eram detentoras de credibilidade diante de seus clientes. Bastava prestar uma explicação plausível. Isso foi feito e as empresas continuam líderes de mercado. É certo que durante o período em que se deram os fatos, as vendas caíram vertiginosamente. Mas, passado o susto, tudo voltou ao normal. Pesquisas apontavam que as empresas, além de terem reconquistado sua posição no ranking, também passaram a gozar de maior “market share”.

E isso não é o “falem mal mas falem de mim”. Muito pelo contrário - a lembrança aumentou porque a empresa, com imagem já consolidada, superou um problema e voltou a tratar seu mercado com o devido respeito.
Por que isso aconteceu?

As empresas, não por serem líderes de mercado, mas por estarem em constante sintonia com o consumidor, não tiveram as suas imagens arranhadas, mesmo com as fortes críticas da imprensa. Elas já detinham a confiança do cliente; era necessário, apenas, procurar esclarecer, da melhor forma, o que aconteceu e mostrar que o obstáculo estava superado, graças a sua excelente equipe de profissionais. As empresas saíram ainda mais fortes nesses casos.

A imagem de uma empresa é fator decisivo na compra. Assim, faz-se primordial ter um excelente relacionamento com o cliente.

Portanto, é bom ficar atento em como está a sua comunicação com o cliente. Caso contrário, a sua empresa pode acabar engravidando alguém ou vendo os seus consumidores estatelados no chão.
 
 
 
“A busca pela excelência não é um objetivo. E, sim, um hábito”.
Aristóteles