Muita gente tem se perguntado se ainda é possível desenvolver planos de negócios com o cenário atual, repleto de mudanças e incertezas nas esferas econômica, política, social e cultural. Afinal, se as mudanças acontecem tão drástica e rapidamente, provocando impactos imediatos no negócio, não é desperdício de tempo e intelecto ficar pensando em tantas conjecturas?
 
E a resposta é simples: sim e não.
 
Será realmente perda de tempo planejar sem informações-base críveis e relevantes. Afinal, um grau de diferença no ponto inicial irá alterar o local de destino, ou seja, um único e pequeno deslize no começo irá alterar todo o resultado almejado.
 
Além disso, dependerá também da velocidade de resposta da organização às mudanças. Imagine, por exemplo, uma SWOT (Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças) realizada hoje. Até que sejam analisados os dados estratégicos e estudadas as possíveis ações táticas, quando houver a execução possivelmente todo o cenário estará diferente, conduzindo a resultados ignorados atrelados à roleta da sorte.
 
Por isso muitas empresas têm conduzido seus negócios lastreadas pelos “canvas”, esquemas visuais que promovem interação e sinergia num modelo de cocriação do negócio. O modelo BMG (Business Model Generation), desenvolvido pelo suíço Alex Osterwalder, tem sido de grande utilidade para promover a inovação nos modelos de negócio. E, se vale um testemunhal, tenho aplicado em diversos clientes da “MKT! Sorocaba” com excelente êxito.
 


A aplicação do “canvas” auxilia a rever a estrutura do negócio e gerar novos modelos de trabalho, além de contribuir imensamente para a inovação nos serviços. Sendo um instrumento visual, pode ser trabalhado como “war room”, colocando-se a matriz em grande escala num painel, lousa ou mesmo na parede, aplicando-se post-its com idéias e sugestões em cada quadro. O pensamento coletivo e o compartilhamento de informações no desenvolvimento do modelo ainda contribuem para o plano com a visão de diferentes setores, gerando mais comprometimento.
 
No entanto, tal como tantas outras ferramentas de gestão, a BMG não pode encarada como “Salvadora da Pátria”. Ela é uma forma visual que promove a sinergia e a troca de conhecimento para buscar novos caminhos. Mas, por sua simplicidade, permite invadir o campo do desconhecido através de hipóteses e suposições, facilitando encarar o terreno daquilo que se supõe arriscado.
 
Nos tempos atuais, eficiência, simplicidade e inteligência geram valor e confiança.
 
 
 
"Se você falha em planejar, está planejando falhar".
Benjamin Franklin