Saber onde, como, quando e porque se quer chegar a um ponto é de extrema importância para realizar uma boa viagem. Isso norteia a navegação e facilita a tomada de decisão diante das dificuldades.

No ambiente corporativo, costuma-se dizer que o planejamento estratégico representa o mapa e a bússola para fazer a viagem. No entanto, esse mapa é extremamente dinâmico, volátil, mutável, incerto. Afinal, além de todo o cenário externo que muda constantemente o panorama, existem outros “viajantes”, com recursos diferentes, desejosos de chegar ao mesmo destino.

Dessa forma, no jogo dos negócios, a grande questão do tabuleiro/mercado não é encontrar respostas ou soluções, mas sim de saber fazer as perguntas corretas.
Perceba que, se você perguntar “por que estou perdendo?”, encontrará respostas (ou desculpas) que justifiquem a derrota. Em contrapartida, perguntando-se “como posso mudar o jogo?”, permitir-se-á desenvolver jogadas mais criativas.

Tenho visto muitos planejamentos embasados em informações equivocadas em questões cruciais.

Por exemplo, na Análise SWOT, muitas forças e fraquezas são postuladas com base em “achismos” e sem qualquer veracidade na informação, elucubradas na miragem intelectual de empresários e gestores. Da mesma forma, as oportunidades e ameaças não são respaldadas por informações atualizadas e reais, mas sim por utopias e desejos.

Além disso, aquilo que a empresa considera diferencial competitivo, aos olhos de seus clientes é irrelevante ou, então, simples obrigação da organização para participar do jogo.

Para piorar, muitas vezes demora-se tanto para desenvolver o planejamento que, quando se vai executar, a realidade do tabuleiro é outra totalmente diferente: “perdeu a rodada”.

Por isso o planejamento é respaldado pelos trabalhos de monitoramento de mercado e inteligência competitiva, onde todas as mudanças de cenário, movimentos dos players, tendências do jogo são inseridas a cada momento. Isso permite que a tomada de decisão seja realizada com mais assertividade, reduzindo as margens de erro e aumentando as probabilidades de uma excelente jogada.

Concordo com o ditado que afirma que “entre o mapa e o terreno, fique com o terreno”.
Mas, se tiver informações que facilitem planejar a jogada, é conseguir adiantar-se ao máximo aos imprevistos com estratégias e táticas diferenciadas.



“Vivendo e aprendendo a jogar. Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas aprendendo a jogar.”.
  Guilherme Arantes, interpretado por Elis Regina