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Bater ou Correr

Bater ou Correr

01/05/2015
Nos últimos meses, seja por onde você ande nos meios sociais e corporativos, pode notar que a tônica nas conversas é sempre a mesma: crise.
Mas, ao que parece, o temor diante dessa crise é diferente das outras pelas quais já passamos. Afinal, esta crise não é só econômica. A situação atual reflete uma situação um pouco mais complexa, pois ela traz à tona algo que tentamos deixar debaixo do tapete por muito tempo: essa crise é sistêmica, pois é também é uma problemática financeira, ética, moral, política, educacional, profissional... E por aí vai, invadindo os diversos campos, áreas e setores de atividade que conduzem uma região, cidade, estado ou país à prosperidade.
 
Diante disso, a pergunta frequente é: "o que fazer diante desse cenário insensato e caótico?"
E podemos apontar somente três caminhos: esperar, bater ou correr.
A partir daí, valendo-se do livre arbítrio pessoal e profissional, cada um deve buscar o que julga melhor para si.
Mas podemos auxiliar um pouco no processo de reflexão e análise.
 
"Esperar" significa permanecer na zona de conforto, o eterno comodismo pregado pelo Efeito Zeca Pagodinho: deixa a vida me levar, vida leva eu...
Sem dúvida essa opção deve ser descartada, uma vez que colocamos nossa vida e empresa à mercê da correnteza.
Ao invés de uma atitude ou estratégia, é somente uma desculpa que os incompetentes dão a fim de não assumir as rédeas e responsabilidades sobre as coisas.
Sinceramente, esqueça disso e passe a pensar somente nas outras duas opções: bater ou correr.
 
"Correr" é uma opção caso haja uma boa possibilidade de desenvolvimento pessoal ou profissional em outro país, segmento, nicho de mercado, emprego.
Mas pode ter um efeito psicológico devastador caso o plano de ação ou os resultados não sejam os esperados. Afinal, é um outro panorama que, direta ou indiretamente, também será afetado por todos os problemas que essa crise tem trazido. E, além de não alcançar o que se pretendia, a moral pode ir para o fundo do poço por ter desistido de uma briga da qual poderia ter saído vencedor. Disso decorre toda a angústia pela desistência num efeito devastador. O risco é alto.
 
"Bater", ou partir para a briga, mesmo que seu perfil seja mais discreto e conservador, parece ser a opção mais adequada.
Isso não significa deixar a cautela de lado, mas avaliar a situação como um todo e agir, deixando de lado a passividade.
Afinal, os mesmos problemas e temores que lhe afligem, também estão tirando o sono de seus concorrentes.
 
Na prática, o que é possível fazer é investir.
E entenda que investir não significa dinheiro, mas sim tempo e esforço nas várias frentes que podem mudar o rumo dos negócios ou minimizar os efeitos da situação negativa:
• desenvolver novas formas de apresentação de produtos e prestação de serviços;
• incrementar a força de vendas e seus canais com os aspectos emocionais que nos fazem dar preferência por determinada marca;
• realocar tempo para fazer contato com clientes perdidos ou inativos (assuma sua falha, tenha sido ela por ação ou omissão);
• reavaliar se você está oferecendo características técnicas ou benefícios tangibilizados ao consumidor;
• analisar os processos e procedimentos operacionais a fim de eliminar desperdício (de tempo ou esforço desnecessários);
• capacitar os colaboradores, integrando-os da situação e permitindo-lhes opinar nos processos de melhoria.
 
Sim, nada de novo foi apresentado. Mas a grande questão é que, na maioria das vezes, gestores e líderes apenas dizem que fazem mas, em verdade, deixam o necessário de lado.
Aqueles que estão na posição de condutores devem fugir da rotina operacional a fim de analisar com mais propriedade o cenário como um todo; é assim que se identifica a boa oportunidade. Conhecer a situação do macro-ambiente, coletar informações de mercado e do segmento no qual está inserido são fatores primordiais para o sucesso.
 
Se você está com falta de tempo, durma um pouco menos ou delegue algumas atribuições. Caso contrário, o amanhã será mais crítico.
Caso não tenha disponibilidade em buscar informações estratégicas para ter um  diagnóstico da situação interna e externa, do mercado e da concorrência, certamente surgirão decisões emocionais e com falhas de julgamento.
 
Bater ou Correr: a decisão é sua!
 
 

 
"Ninguém vai bater mais forte do que a vida. Não importa como você vai bater e sim o quanto aguenta apanhar e continuar lutando; o quanto pode suportar e seguir em frente. É assim que se ganha".
Rocky Balboa (Silvester Stalone)