Numa época dinâmica e extremamente conturbada como a que vivemos é essencial o surgimento de pessoas que assumam o posto de capitanear a sociedade.
Chamamos tais indivíduos de líderes e, infelizmente, o mundo moderno está carente dos mesmos.
Nossas referências de ícones da ciência, arte, cultura, economia, política, esporte, entre tantos outros campos do conhecimento, estão no passado.
Conceitualmente, liderar é inspirar outras pessoas permitindo que façam o seu melhor, em equipe, a fim de realizarem um objetivo significativo e gratificante.
Desta forma, percebe-se que um líder não se coloca no centro nas coisas, mas sim numa posição de servir, estimular, capacitar, inspirar e criar condições para que os liderados se desenvolvam através de direcionamentos e prioridades estabelecidos, numa relação de interdependência e sinergia. Um por todos e todos por um!.
 
Há 2.500 anos o filósofo chinês Lao Tsé disse: "O grande líder fala pouco. Nunca fala sem cuidado. Trabalha sem interesse próprio e não deixa vestígios. Quando tudo está terminado as pessoas comentam: 'Nós mesmas realizamos isso'".
 
Conforme ensinam os autores Bradt, Check e Pedraza na obra "Os 100 Primeiros Dias que Definem a sua Gestão", a fim de alcançar a alta performance desejada, os conceitos e suas aplicações práticas são:
• equipes e empresas altamente competentes são compostas por Pessoas, Processos e Práticas (3Ps), alinhados em torno de um objetivo comum;
• o planejamento tático fecha a lacuna entre a estratégia e a execução, assegurando que a boa estratégia não deixe de funcionar em virtude de uma má implementação ou execução;
• cinco elementos estruturais básicos sustentam o planejamento tático de uma equipe: campanha de comunicação, meta imperativa, marcos, vitórias iniciais e pessoas certas.
 

 
Os 3Ps demonstram que o desempenho de uma equipe ou empresa baseia-se em unir exponencialmente pessoas, planos e práticas em torno de um objetivo comum, que precisa ser significativo e compensador para todos. E isso é realizado através da expressão e tangibilização na capacidade tática, isto é, na habilidade que uma equipe tem de trabalhar sob condições difíceis, alterando-as e traduzindo estratégias em ações táticas - tal capacidade é a ponte indispensável entre a estratégia e a execução, mas representa o ponto falho da maioria dos gestores, que planejam e querem implementar ações sem pensar nos fatores influenciadores ou elementos constitutivos da execução.
 
Por isso é de fundamental importância atentar para tais elementos:
• campanha de comunicação - para informar o objetivo, disseminar fatores relevantes, manter vivo o entusiasmo;
• meta imperativa - representa o ápice da montanha que se pretende alcançar;
• marcos - são metas menores, intermediárias, que conduzem e medem o desempenho, além de estimular a equipe;
• vitórias iniciais - significa comemorar e enaltecer algumas conquistas para construir a confiança do grupo;
• pessoas certas - para ter pessoas certas nas funções certas é necessário investir esforços para recrutar, desenvolver, encorajar e avaliar indivíduos.
 
Tendo foco nessas premissas, fica mais fácil evitar as causas de queda ou fracasso, que normalmente são:
• falta de estratégia vencedora ou inabilidade em implementá-la;
• incongruência de expectativas e recursos fundamentais, que não se encontram alinhados;
• lacunas em relação às competências, habilidades, comprometimento e motivação;
• falhas na construção de relacionamento, ou seja, problemas de comunicação;
• dificuldades em obter conhecimento: informações e percepções sobre clientes, mercado, concorrentes, ou condições;
• incapacidade para compor equipes competentes ou de conquistar resultados;
• desajustes por não conseguir entender ou reagir às mudanças situacionais.
 
Concentrando a atenção e energia nos pontos básicos que constroem a Capacidade Tática de uma estratégia, o equilíbrio e a responsabilidade compartilhada promovem a tão sonhada qualidade de vida organizacional, profissional e pessoal.
E não é esse o objetivo de todos nós? Mãos à obra.
 
 
 
"Aquiles, apesar de invulnerável, nunca se apresentou no campo de batalha sem que estivesse todo armado".
Lord Chesterfield