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Dinossauros - O Filme

Dinossauros - O Filme

01/07/2000
Você já assistiu ao filme “Dinossauros”, um dos mais novos lançamentos do cinema mundial? Além dos fabulosos efeitos de computação gráfica aplicados em cenas e paisagens paradisíacas, das vozes das dubladoras mesozóicas Nair Belo e Hebe Camargo, há também uma verdadeira lição - de vida e empresarial - que podemos levar desse “programa infantil de domingo à tarde”.

No filme, Aladar é um iguanodonte que viveu longe de sua espécie, criado por uma família de símios. Quando cai um meteoro na Terra, após vários incidentes, ele consegue se juntar aos seus pares, numa caminhada até a salvação: a chamada “Àrea dos Ninhos”. Na jornada, o bando está sendo perseguido pelos temíveis “carnossauros” e tem em seu líder, Crown, um verdadeiro tirano, que toma todas as decisões sozinho (e, logicamente, sempre as “justifica”). Aladar acredita que as coisas devem ser feitas em equipe. No final, o jovem Aladar...

Bem... O que você acha de levar as crianças ao cinema?
E de onde tiramos essa lição de vida e empresarial? Qual a relação entre a caminhada dos dinossauros e a nossa organização? Seria muito proveitoso se você fosse, realmente, assistir ao filme.

Pense que o bando é sua empresa e a “Àrea dos Ninhos”é o sucesso da organização. Existe a concorrência “carnossáurica” e os meteoros do mercado e do dia-a-dia empresarial. E você é Aladar. Será? Pode até ser. Mas, será que você também não pode ser Crown? Como você lidera e organiza sua equipe? De que forma aceita as sugestões de seus colaboradores?

Quando estamos numa posição de liderança, acreditamos que a conquistamos por sermos capazes de desempenhá-la com total desenvoltura, merecendo os créditos pelo trabalho. E isso é certo. Mas não podemos nos esquecer que temos uma equipe formada por várias pessoas. E que elas também têm suas perspectivas sobre o negócio: se a empresa prosperar, se puder auxiliar nesse crescimento, com certeza haverá reconhecimento de seu trabalho.

Muitas vezes nos esquecemos que todas as pessoas são dotadas de inteligência, que as sugestões para o negócio vêm da boa vontade dos colaboradores. Às vezes, de tão envolvidos, não vemos verdadeiras oportunidades a nossa porta. Situações que os outros podem perceber e nos transmitir, seja a iminência de um negócio, seja o desenvolvimento de um produto, ou, até mesmo, a criação de um novo serviço ao cliente.

As empresas tem a “caixinha de sugestões” e outras formas de se comunicar com o pessoal. Mas será que é isso que eles querem? “Vão ler minha sugestão e jogar no lixo”, e outras idéias passam pela cabeça dos colaboradores.

Não seria melhor uma real integração, como um café da manhã em grupo, com diretores, funcionários e colaboradores dizendo livremente aquilo que desejam, o que acreditam ser possível, num ambiente de convívio e amizade? Vale a pena pensar.

Comento a respeito disso porque são vários - nem um, nem dois; são vários - clientes que nem mesmo ouvem as minhas sugestões e críticas à organização.

Muito provavelmente, eu não sei mais sobre o negócio que o próprio cliente. Mas será que não posso ver uma nova possibilidade de trabalho, de comunicação com o mercado, de aumento de vendas, de campanha social ou ambiental?

E, se com um prestador de serviços é assim, como fica a situação de um funcionário? Impera o medo e a tirania? Espero, sinceramente, que não haja um Crown na sua empresa.
Todos querem marcar sua presença no crescimento da empresa, querem se fazer parte integrante do sucesso. Ofereça essa oportunidade. E ganhe!

Ao final do filme, a dinossaura Hebe Camargo diz: “Só podemos fazer lembrar que, de alguma forma, nós passamos por aqui”.
 
 
 
“O melhor método de se vencer obstáculos é o método de equipe”.
Colin L. Powell