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E Agora? O que fazer?

E Agora? O que fazer?

01/12/2016
Walter Longo, presidente do Grupo Abril, foi escolhido como o “Marketing Citizen 2016”, a maior homenagem do marketing brasileiro. Relendo algumas obras, entrevistas e matérias desse brilhante profissional, trago alguns insights que, espero eu, servirão de base para suas reflexões de mudanças a promover.

• Produtos viraram commodities num mundo cada vez mais assemelhado, em que diferenças de atributos tornam-se imperceptíveis. Assim, há dois caminhos a seguir: redução e guerra de preços ou imbuir ao produto um significado, uma razão de ser, uma identidade especial. A criação e administração da significância devem ser a opção preferencial, por representar um patrimônio precioso e insubstituível. Significância cria afinidade emocional e abre caminho para que os atributos racionais sejam ouvidos e percebidos.

• Antecipe-se às necessidades. Não basta ter velocidade de decisão, pois é preciso ter também velocidade na implantação. É necessário fazer da inovação um estado de espírito em toda a organização. É preciso revisar estruturas, alterar corações e mentes, derrubar hierarquias, inovar em tudo. Afinal, a concorrência não é mais entre marcas e produtos, e sim entre modelos de negócios: Revise tudo e duvide sempre. Assuma riscos e amplie a dose de “não sei”.

• Crie uma organização que aprenda: Na nova lei de seleção natural das espécies, o aprendizado constante e efetivo se transforma na única vantagem competitiva sustentável. Exemplificando: quando se perde um cliente não se analisa o que realmente ocorreu. É mais fácil colocar a culpa nisso ou naquilo. E os erros serão cometidos novamente. Só é possível ser uma empresa que aprende e evolui quando existe a capacidade de mudar tudo isso.

• Entenda que seu negócio não é o que você está pensando: O que sua empresa faz não significa mais o negócio em que atua. Há uma grande distinção entre ramo de atividade e percepção de valor e utilidade.

• Utilize o consumidor como mídia: Relacionamento é o grande patrimônio das empresas no novo momento do mercado. Isso abre perspectivas de se utilizar o marketing “boca a boca” ou “mouse a mouse”.

• Estimule a curiosidade. Buscar informação é como procurar comida. Acha primeiro quem tem mais fome. Searching não é uma atividade, é uma atitude. Devemos querer saber tudo sobre tudo, mantendo uma visão gestáltica e nexialista, buscando informações gerais, e não apenas focadas. Quanto mais abrangente for essa busca, mais vamos tropeçar em insights. E, com isso, devemos tirar conclusões em cada passo da busca, pois tudo deve levar a algum sentido ou nexo: o verdadeiro achado está nas entrelinhas, e não nas linhas. Assim, a coisa mais importante do processo de busca é o pit stop para reflexão e conclusão que deve ser anotada para posterior complementação.

Que essas sementes lhe permitam colher bons frutos no porvir...
 


“Descobrir consiste em olhar para o que todo mundo está vendo e pensar uma coisa diferente.”.
 Roger Von Oech