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E Se...

E Se...

01/07/2017
Já há alguns dias li um artigo do professor e consultor Eugenio Mussak na revista Vida Simples, julho/2017, e até agora não parei de refletir sobre o assunto, bem como de sua aplicação no desenvolvimento pessoal e no ambiente corporativo. Conforme afirma o articulista, “essa expressão pequenina pode construir pontes, derrubar muros e evitar enganos nas relações humanas”.
De tão pertinente que é o assunto e profunda a mudança que ele exige, que reproduzo aqui algumas palavras do articulista:
 
“Sabe aquele comportamento tão comum quanto antipático, de detonar de imediato a ideia ou atitude de outra pessoa, como um colega de trabalho, um irmão, o filho, a mulher ou o marido? Quem nunca foi vítima, ou algoz, de uma situação assim, em que alguém propõe de boa vontade algo, como uma mudança de um processo na empresa, um programa de final de semana, ou uma reforma na cozinha, e ouviu, de imediato, uma manifestação do tipo “Isso não vai funcionar”, “Que ideia tosca”, “Sem chance”, ou ainda, “Ficou Louco?!”?”
 
“Garanto que você se identificou com essa situação, independentemente de qual lado estava na ocasião. Provavelmente já esteve nas duas. Já foi o proponente animado e ingênuo, e já foi também o crítico destrutivo e maldoso. É humano... Sim, é humano, mas não é legal, pois tal comportamento tem o poder de corroer a autoestima e inibir a espontaneidade das pessoas”.
 
No decorrer do texto, Mussak propõe uma nova abordagem que depende de pensamento e comportamento abertos, no sentido de, ao invés de negar de imediato uma ideia, propor novas alternativas, talvez tão estranhas quanto a proposta, mas com potencial de abrir o diálogo. A premissa básica “é trocar qualquer forma de negação pela conjunção alternativa “e se...?”. Isso equivale a trocar um muro colocado abruptamente no meio da estrada de um pensamento por uma ponte que surge sobre o abismo da dúvida, indicando uma nova possível passagem”.
 
Perceba o efeito positivo do “e se...?”. Ele oferece uma imensa gama de possibilidades à tomada de decisões, pois não há determinismo, não termina a conversa, não critica a proposta, não se submete nem ofende e permite que haja um crescimento exponencial de ideias.
“Simplesmente abre uma nova perspectiva e, importante, coloca o entusiasmo no patamar da razão”, afirma o autor.
 
Comecei a adotar o “e se...?” em minha vida pessoal e profissional e já percebo alguns efeitos positivos.
Não é fácil, pois representa uma reprogramação mental e comportamental. Mas tem valido a pena.
 
E se você também tentasse?
 
 
 
O maior inimigo da criatividade é o bom senso.
 Pablo Picasso