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Educação: Direito Comum

Educação: Direito Comum

01/07/2009
O título pode parecer coisa de político, ainda mais passadas as campanhas eleitorais. Mas o propósito do mesmo é mais um alerta para as empresas no que diz respeito à disseminação de conhecimento na empresa e treinamento de suas equipes.
 
Segundo Valdir Cimino, diretor fundador da Associação Viva e Deixe Viver, "em nenhum outro período da história da humanidade houve tanta necessidade como agora de conhecimento, compreensão e integralidade. Na rede formada pela conscientização da interdependência, os indivíduos têm mil maneiras de se expressar. Uma delas, e a mais importante, é a educação, graças às múltiplas influências que exerce. A educação modifica o comportamento e faz povos e nações serem o que são."
 
Se a educação constrói povos e nações, imagine então o que ela pode fazer por sua empresa?
 
Normalmente, no ambiente corporativo, prevalecem algumas máximas como a do "aqui sempre foi feito assim", "funcionário bom é o que faz o que eu mando", "não adianta treinar porque daqui a pouco o cara sai da empresa", "todo dia tem que falar a mesma coisa", entre tantas outras expressões que levam a empresa à acomodação. Mas a questão principal reside no ponto de não existir uma estratégia bem definida junto aos colaboradores, um plano que possa rever os velhos fins, romper com os paradigmas e dar um novo norte para transmissão de conhecimento.
 
Sabemos que o homem está em constante mudança e em constante aprendizado, ainda mais considerando o acesso à informação que a tecnologia proporciona. Também temos ciência de que o indivíduo depende do seu grupo para desenvolver-se, tanto em âmbito profissional como pessoal. Então, a educação, através da transmissão de conhecimento, é o ponto de partida que tende a uniformizar os indivíduos.
 
Com isso, percebe-se que se a empresa realiza um papel adequado de integração, de difusão de seus valores e missão, de propiciar um ambiente colaborativo, seus colaboradores passam a ter um sentimento comum de orgulho, de querer fazer e melhorar sempre.
 
Tomemos como exemplo um bebê. Quando ele cai ao dar seus primeiros passos, as reações dos adultos vão lhe mostrando alguns caminhos possíveis para sua construção, que vão desde o significado do cair como algo ruim, amedrontador, que ele não pode superar sozinho, como algo comum, corriqueiro, a ser superado. Ou ainda, quando um coleguinha tira-lhe seu brinquedo, aquele especial que ganhara de Natal e custara caro aos seus pais. As reações dos adultos na sequência apontam e mostram significados que ele vai incorporando ao seu caráter.
 
As empresas podem funcionar como "pais educando todos os seus filhos" dentro das mesmas regras de conduta moral e profissional, para obter uma uniformidade em objetivos e ações.
  
E isso não é utopia. Apenas verifique algumas das ferramentas disponíveis na Seleção e Recrutamento (testes psicológicos, grafologia, entrevistas, etc), RH (integração, treinamentos, cursos e palestras, entre outras), Marketing (pesquisa de satisfação, gestão à vista, endomarketing, programas de incentivo...). Quais delas a empresa utiliza? São ações de baixo custo, mas que normalmente não fazem parte do Planejamento da organização.
 
Assim, identificadas as causas do problema, o remédio se apresenta por si mesmo; restará então combatê-las, se não todas ao mesmo tempo, pelo menos por parte e, pouco a pouco, o mal será extirpado. A cura poderá ser prolongada porque as causas são numerosas, mas não se chegará a esse ponto se não se atacar o mal pela raiz, ou seja, com a educação.
 
 
  
"Se uma boa educação torna os cidadãos homens sensatos, então eles compreenderão facilmente todas as questões".
Platão