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Ele Dorme durante as Tempestades

Ele Dorme durante as Tempestades

01/06/2013
Um homem procura trabalho numa fazenda e entrega sua carta de recomendação ao novo patrão.
A carta traz uma única frase: "Este homem dorme durante tempestades."
Como o fazendeiro está precisando desesperadamente de ajudantes, contrata o sujeito.
Passam-se várias semanas e, de repente, no meio da noite, uma tempestade violenta cai sobre o vale.
Acordado pelos redemoinhos de chuva e pelo vento uivante, o dono salta da cama.
Chama seu novo empregado, mas o sujeito está dormindo a sono solto.
Então o dono se precipita para o celeiro.
Para sua perplexidade, constata que os animais estão seguros e com comida suficiente.
Corre para o campo. Vê que os fardo de feno foram arrumados e estão enrolados em lonas.
Corre até o silo. As portas estão trancadas e o grão está seco.
E então entende: "Ele dorme durante tempestade."
 
Essa pequena história foi extraída do livro "Tenha um pouco de Fé", de Mitch Albom (também autor do best-seller "A Última Grande Lição). E o que ela trata aqui é de uma questão que profissionais e empresas têm se esquecido: planejar é importante, mas também é preciso implementar. Em palavras mais simples: é preciso iniciativa e também "acabativa".
 
No dia a dia vemos uma série de discussões voltadas às mudanças e melhorias, sempre buscando "otimizar tarefas e maximizar resultados". Palavras bonitas, expressão contundente, mas que de nada servem se não forem executadas e não tiverem aplicação prática. O que mais se percebe é que existem boas estratégias, planejamentos estudados e elaborados e, até mesmo, planos de ações táticas detalhados.
 
No entanto, os resultados não são atingidos ou, quando são, é através de um esforço hercúleo, exigindo muito mais recursos (de pessoal, tempo, financeiro, etc) do que se havia previsto inicialmente. E então vêm todas aquelas fugas de responsabilidade, trocas de farpas, apontamento de culpados...
 
Mas a grande verdade é que não se tem dado a devida atenção para a execução dos planejamentos e estratégias. Basta ver o que acontece mundo afora, onde empresas mudam de postura em menos de um ano, lançam novos produtos sem que os anteriores tenham cumprido sua curva de vendas, enviam seus colaboradores para o "home based" e os fazem voltar ao escritório em menos de seis meses...
 
Na maioria das vezes, isso acontece porque a equipe não entendeu o que precisa fazer ou porque não se nomeou responsáveis pela execução. No primeiro caso, o obstáculo é superado ao promover uma boa implementação através da apresentação do planejamento, razões da estratégia e o que se espera de cada um. Na hipótese de nomeação de responsáveis, a questão é de escolha da pessoa certa para fazer o que é certo, capacitando-a e monitorando-a para que cumpra suas tarefas. Simples assim. Afinal, se as pessoas não entenderem o que precisam fazer, não vão se comprometer com a estratégia; da mesma forma, também se não houver alguém à frente da tarefa, ela não é de ninguém.
 
No mundo de hoje não dá mais para ser impositivo nas posturas empresariais. Por mais que as palavras parceira e comprometimento tenham sido jogadas ao vento pelo mau uso - ou entendimento, o que se precisa é provocar todos os envolvidos dando ciência dos porquês, instruindo, capacitando e acompanhando-os. Somente assim tem-se a certeza de que planejado está sendo bem executado.
 
E aí sim, poderemos ficar tranquilos durante a tempestade.
Bons Sonhos... Durma bem.
 


  
"A verdadeira tranquilidade nos é dada pela razão."
Sêneca