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Lençol Sujo

Lençol Sujo

01/12/2005
Um jovem casal mudou-se para um bairro muito tranqüilo, na periferia da cidade.
 Na primeira manhã que passavam na casa, enquanto tomavam café, a mulher reparou através da janela em uma vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o marido:
- Que lençóis sujos ela está pendurando no varal! Está precisando de um sabão novo. Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
 
O marido observou calado. Alguns dias depois, novamente, durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e a mulher comentou com o marido:
- Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos! Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
 
E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal. Passado um tempo a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis muito brancos sendo estendidos. Empolgada, foi dizer ao marido:
- Veja, ela aprendeu a lavar as roupas. Será que outra vizinha ensinou??? Porque eu não fiz nada.
 
O marido calmamente respondeu:
- Não, hoje eu levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela!
 
E assim é a vida. Tudo depende da janela através da qual observamos os fatos.
Antes de criticar, de ter uma determinada atitude diante de qualquer fato, é preciso verificar se fizemos alguma coisa para contribuir com isso, percebendo nossos próprios defeitos e limitações. E isso vale para a vida pessoal e profissional.
 
Basta perceber como sempre resolvemos facilmente os problemas dos outros e como as nossas dificuldades estão sempre a nossa frente.
 
Quantas vezes não percebemos empresas tomando atitudes e lançando produtos simplesmente porque perceberam que o concorrente teve sucesso com ação similar? Mas será que vale a pena, sem uma análise dos fatos, seguir na mesma direção? Quantos são os fatores que, mesmo em empresas do mesmo segmento, podem interferir no sucesso ou fracasso de um negócio? Desde a própria Diretoria, estendendo-se a equipe de colaboradores e fornecedores, passando por equipamentos, tecnologia, comunicação, entre outras questões, tudo contribui para que um mesmo serviço seja realizado de forma diferente.
 
Quantos são os diferenciais entre uma empresa e outra, entre uma pessoa e outra?
 
Você pode olhar para o lado e perceber que um colega de trabalho é menos produtivo e, mesmo assim, recebe o mesmo tratamento que você e tem o mesmo salário. E, nesse momento, acontece o problema, pois ele passa a ser o seu norteador. Você passa a fazer as coisas, tendo um parâmetro mal analisado. Não seria melhor se espelhar em alguém que você admire, em pessoas que façam jus à sua idoneidade e capacidade?
 
No conto do "Lençol Sujo" a esposa simplesmente criticava, sem perceber que o problema estava dentro de casa.
 
E é isso que precisamos fazer: arrumar a casa! Vamos tirar os preconceitos do armário, varrer a sujeira e rancores das gavetas e partir para pensamentos e atitudes mais positivas.
 
Estamos chegando a mais um final de ano e, certamente, faremos novas promessas.
Então, basta aproveitar o momento. Afinal, já estamos passando por uma época de transição e de mudanças, com promessas e confiantes de que o melhor ainda está por ser feito.
 
Aliás, note essa expressão: "o melhor está por ser feito". Somos nós quem teremos de mudar, de melhorar, de agir, ao invés de esperar as mudanças.
 
Assim, antes de tudo, olhe para sua própria casa, para dentro de você mesmo. Lave sua vidraça. Abra sua janela.
Mude. Aja. Renove-se.
 
 
  
 
"Todos os dias vemos gente tropeçando na verdade. O problema é que a maioria delas se levanta e continua como se nada tivesse acontecido."
Winston Churchill