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Lições de Alexandre

Lições de Alexandre

01/12/2006
Foi uma "segunda-feira daquelas". Sabe aqueles dias em que você pensa que não deveria ter saído da cama? Parecia que nada dava certo. Ao final do expediente, chegando em casa, encontrei um presente e um bilhete com os dizeres: "Se a vida lhe oferece limões, faça uma caipirinha". Está certo que o ditado manda fazer uma limonada, mas o presente que minha esposa e filho deram era um daqueles kits próprios para o preparo da mundialmente famosa bebida brasileira.
 
Durante a noite, logicamente mal dormida, os pensamentos corriam sobre o dia vivido e, sempre com a frase que nos remete à superação, pude perceber que era somente mais uma das inúmeras situações a que a vida nos submete. Parece que somente na alta madrugada pude perceber que tudo isso era necessário para meu crescimento. Então adormeci, profundamente agradecido à minha família.
 
Agora imagine um jovem sonhador, com pouco mais de 20 anos, unificando todo o mundo conhecido em um só Império.
Essa é a história de "Alexandre, O Grande", um homem pertencente ao reduzido grupo de homens que definiram o curso da história humana. Seu gênio militar se impôs sobre o império persa e assentou as bases da frutífera Civilização Helenística.
 
Nascido em 356 a.C. na Macedônia, filho do rei Felipe II, cedo se destacou como um rapaz inteligente e intrépido. Quando o príncipe tinha 13 anos, seu pai incumbiu um dos homens mais sábios de sua época, Aristóteles, de educá-lo. Também se distinguiu nas artes marciais e na doma de cavalos, de tal forma que em poucas horas dominou o mítico Bucéfalo, que viria a ser sua inseparável montaria. Alexandre percebeu que o animal temia a própria sombra e voltou-o contra o sol, conseguindo, desta maneira, domá-lo. Na arte da guerra recebeu lições do pai, militar experiente e corajoso, que lhe transmitiu conhecimentos de estratégia e lhe inculcou dotes de comando.
 
O enérgico e bravo jovem teve oportunidade de demonstrar seu valor logo aos 18 anos, quando, no comando de um esquadrão de cavalaria, venceu o batalhão sagrado de Tebas. Depois do assassinato de seu pai, aos 20 anos, Alexandre subiu ao trono da Macedônia e se dispôs a iniciar a expansão territorial do reino. Para tão árdua empreitada contou com poderoso e organizado exército, dividido em infantaria, cuja principal arma era a zarissa (lança de grande comprimento) e cavalaria, que constituía a base do ataque.
 
Em praticamente uma década de campanha militar, o sonho de Alexandre, de unir a cultura oriental à ocidental, começou a concretizar-se.
Durante todo esse período, superou todas as adversidades que a vida lhe impôs: inimigos fortemente armados e com exércitos mais numerosos, obstáculos geográficos, cansaço e desmotivação de seus homens, resistência dos povos conquistados, rebeliões, e muitas outras dificuldades.
 
Alexandre "recebia limões" e sabia exatamente como prepará-los.
 
Na Batalha do Rio Hidaspes, na conquista da Índia, enfrentou o temido exército do Rei Poros, três vezes maior que o seu e que contava com a aterradora força de duzentos elefantes. Tudo estava contra. Mas Alexandre reformulou o problema e numa perfeita união de conhecimento, estratégia e balé militar, levou as tropas adversárias à própria auto-destruição.
 
Para derrotar uma das maiores frotas da Antiguidade, ao invés de construir uma armada ainda maior (demandando tempo e investimentos), Alexandre simplesmente analisou a situação e percebeu que havia um ponto fraco: a necessidade de água doce aos tripulantes inimigos. Sua decisão foi tomar as fontes de água potável e, com isso, chegou a mais uma conquista.
 
Depois de sua morte prematura, a influência da civilização grega no Oriente e a orientalização do mundo grego alcançaram sua mais alta expressão no que se conhece sob o nome de helenismo, fenômeno cultural, político e religioso que se prolongou até os tempos de Roma.
 
Existem muitos livros e filmes sobre a história e vida de Alexandre. É uma excelente fonte motivadora e diretriz para a vida pessoal e para a condução dos negócios.
 
Certamente, não haverá uma única personagem da História que se elevou à condição de destaque por seu comodismo. Todas as personalidades enfrentaram dificuldades e, unindo esforço, dedicação, conhecimento e auto-motivação, alcançaram uma posição de sucesso.
 
Quanto a nós, cabe conhecer a história desses grandes líderes e aprender com elas. E, logicamente, colocar o aprendizado em prática.
 
 
 
"Existe uma única benção, a fonte e pedra angular da beatitude - a confiança em si mesmo."
Sêneca