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Máxima Performance

Máxima Performance

01/02/2019
Recentemente, participando de uma atividade benemerente, percebi que, embora o grupo tivesse intenção positiva, o projeto não obteve êxito por vários motivos: falta de comprometimento de alguns, orgulho e ego de outros, discussões inócuas, objetivos desfocados, entre outros problemas.
 
E, então, lembrei-me do Modelo de Tuckman, que há mais de cinco décadas auxilia na compreensão dos porquês de alguns grupos atingirem máxima performance. A premissa básica desse estudo é que pessoas desempenham suas atividades conforme a qualidade do relacionamento que possuem com os integrantes.
 
Tuckman sugere a existência de cinco estágios:
• Forming: formação do grupo, identificação das metas, muita vontade com baixos níveis de competências (muitos querem pertencer, mas nem todos estão dispostos a se dedicar). O foco deve ser na seleção dos participantes para que haja um propósito real e comum.
• Storming: é hora da “porradaria”. Há muito confronto e o entusiasmo mitiga; o orgulho atrapalha pela falta de visão e as diferenças entre os integrantes vêm à tona.
• Norming: passado o período de tormenta, o grupo começa a evoluir, pois as normas, regras, processos e responsabilidades são definidos. Inicia-se o processo de cultura da equipe.
• Performing: é o momento de arregaçar as mangas e agir, alcançar produtividade com melhoria contínua. Há grande sintonia, confiança e sinergia entre os membros, com altos níveis de motivação.
• Adjourning: o processo chega ao fim e o grupo se dissolve, seja por ter atingido o objetivo ou pela desistência do grupo. Em algumas atividades, ao invés da dissolução, podem ser colocados novos objetivos, criando um círculo virtuoso.
 
Com um pouco de reflexão, pude avaliar que a atividade benemerente comentada no início não logrou sucesso por deixar de se atentar à etapa da normatização. Já em alguns trabalhos profissionais, percebo que já ocorreram problemas na fase de seleção do grupo. E, em atividades familiares, por conta de conflitos não resolvidos, a execução foi mal sucedida.
 
Certamente o Modelo de Tuckman não é a única forma de avaliar performance. Mas é uma excelente reflexão para identificar erros e problemas, a fim de corrigir uma atividade futura, sem culpar, responsabilizar ou vitimizar ninguém.
 
Agora, sugiro que avalie algumas de suas atividades em grupo, seja no trabalho, na família, no ambiente religioso e em outras tarefas conjuntas: em qual fase está o grupo? E, principalmente, como você está agindo diante desse cenário?
 
 
“Se todos se propusessem ao que são capazes,
  ficaríamos impressionados com nossas criações”.
  Thomas Edison