O Sol gira ao redor da Terra. Somente o mais forte sobrevive. A salvação virá se você não fizer o mal. Mulheres não podem votar. O homem não pode voar. Cabelos longos e brincos são somente para mulheres. Tecnologia é só para os jovens.
 
Imagine se ainda acreditássemos em tudo isso, se algumas pessoas não tivessem lutado contra essas barreiras mentais? Onde estaríamos hoje?
  
O mundo está em constante mudança, e para muitas pessoas, acompanhar essas mudanças é uma montanha quase impossível de subir. Isto faz com que elas fiquem agarradas aos paradigmas limitativos. Charles Kettering disse: “O mundo odeia mudança, mas só ela traz o progresso”. Quando se resiste às mudanças, resiste-se ao progresso.
  
Paradigmas são padrões psicológicos, modelos ou mapas que usamos para navegar na vida, representando um modelo a ser seguido. Traduzem-se em uma maneira de pensar que alimentamos por um tempo e que se torna algo rígido, porque se abraça com muito carinho e não se tem interesse de mudar.
  
Muitos de nossos paradigmas são valiosos. No entanto, existem outros que podem se tornar perigosos se os tomarmos como verdades absolutas, sem aceitarmos qualquer possibilidade de mudança, deixando-os que filtrem novas informações e impedindo mudanças necessárias em nossas vidas. Assim, agarrar-se a velhos paradigmas pode nos paralisar enquanto o mundo passa por nós. É a velha história do "aqui sempre foi feito assim". Afinal, é mais fácil permanecer na zona de conforto que promover mudanças.
  
O mundo exterior entra em nossos pensamentos através dos filtros de nossos paradigmas. Nós temos a capacidade de manter um ou mais paradigmas ou modelos mentais que definem a nossa visão do mundo e o que percebemos. Paradigmas filtram a percepção e podem ser tão poderosos que até determinam o que será real para a pessoa. Daí vem àquela máxima: não vemos o mundo como ele realmente é; nós o vemos como nós somos.
  
Apenas perceba linha sutil entre as várias coisas que você sabe que são verdade e as coisas que você acredita que são verdade ou que são possíveis. Ou seja, há coisas e fatos irrefutáveis, as verdades, e há as crenças, que estão sujeitas a questionamento, em geral com base em experiências que as contradizem.
  
O mundo exige reformas e mudanças imediatas. Nossas empresas necessitam acompanhar tais mudanças, rompendo com os velhos padrões de comportamentos, com a mesma forma de agir de 10 anos atrás. Muitas organizações ainda estão enraizadas com um modelo de negócio antiquado, com uma cultura limitativa, mas não percebem que o que as impede de progredir é a sua escolha de mudar.
  
Mudar um paradigma pode ser muito difícil. Pense em como foi difícil aceitarmos alguma mudança profunda em uma crença, seja sobre sua própria capacidade ou um projeto em que não acreditava. As crenças estão sujeitas a isto, a mudar quando a experiência mostra exceções e novas possibilidades, em particular quando a pessoa está aberta a isso. E é interessante notar que uma simples inversão em certas crenças, como "não sou capaz", pode afetar o resto de nossas vidas.
  
A organização que não desafia suas crenças e velhas maneiras de fazer as coisas ficará ultrapassada e será engolida pela concorrência. É preciso deixar a zona de conforte e acompanhar as mudanças. O progresso contínuo é fundamental, tanto para as pessoas quanto para as organizações, porque nada permanece igual na vida.
  
É impossível melhorar, a não ser que mudemos.
  
  
 
"Não é triste mudar de ideias; triste é não ter ideias para mudar".
Barão de Itararé