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Murphy e o Marketing

Murphy e o Marketing

01/09/2007
"Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível."
 
Toda vez que você sai de guarda chuva, não chove e basta você esquecê-lo que cai o maior toró? No supermercado a sua fila é sempre aquela que anda mais devagar? Quanto mais atrasado você está para um compromisso, mais sinais vermelhos você encontra? Essas e outras catástrofes não são coincidências, são apenas a comprovação da inevitabilidade da Lei de Murphy, uma das mais famosas "leis da natureza".
 
Aproveitando-se disso, o mundo dos negócios acabou encontrando seu maior algoz, ou melhor dizendo, sua melhor desculpa. Se podemos culpar a Lei de Murphy, sem sermos prejudicados e nem prejudicar ninguém, encontramos a razão de tudo e, o que é melhor, alguém para culpar!
 
Mas a verdade é que nunca conseguimos enganar as pessoas por muito tempo. Se alguém desconfiar um pouco de suas desculpas, ou melhor, de seu relatório mostrando que a falta de resultados ou queda de desempenho deu-se por conta da globalização, do aquecimento global e da política econômica do Governo, "a casa cai".
 
É por isso que o jeitinho brasileiro, repleto de gambiarras e "depois a gente conserta", ou então de promessas que não serão cumpridas, não dá certo.
 
As empresas não podem mais se permitir a erros ou falhas por falta de atitude. O prejuízo normalmente é muito grande e, por vezes, irrecuperável.
 
Assim, é preciso analisar o mercado, seu potencial, a concorrência e suas ações, os pontos fortes e fracos de cada "player", as oportunidades e ameaças. Mas sem achismos! É preciso dividir as idéias para poder ouvir o parecer de outras pessoas, mesmo que não sejam seus colaboradores ou parceiros de negócio.
 
É preciso lembrar que os verdadeiros vencedores aprendem com sua experiência e conhecimento, mas também com os erros dos outros. Por isso a troca de informações é necessária.
 
Em minha experiência profissional, por exemplo, ainda não passei por situações já vivenciadas por outros empresários. E, certamente, o mesmo acontece com você. Mas acontece que quase ninguém gosta de compartilhar incertezas, fraquezas, falhas, ou o próprio desconhecimento de algum dado.
 
E, com isso, os empreendedores que não conversam com seus pares sobre seus erros perdem boas chances de aprender uns com os outros. As experiências ruins deveriam ser compartilhadas com mais freqüência - em conversas por e-mail, num vôo de avião, em telefonemas e em almoços ou happy hours com quem tenha a ensinar.
 
É um passo importante que precisamos aprender a dar.
 
E, assim, vamos minimizando as probabilidades de Murphy: já estudamos a situação, discutimos idéias, trocamos informações e planejamos as ações.
 
Pronto! Agora basta passar concretizar o projeto em produto ou serviço, convocando colaboradores e parceiros a participarem ativamente da empreitada. Logicamente, nessa etapa, também existem alguns mitos e ilusões tangibilizados por Murphy, como comprometimento e responsabilidade dos envolvidos. Mas você já teve a oportunidade de prever isso em seu planejamento.
 
Então, esqueça-se de Murphy, porque as leis só irão prevalecer se você permitir.
 
 
  
 
"Acredito com firmeza na sorte. Acho que quanto mais arduamente trabalho, mais sorte eu tenho"
Stephen Leacock