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Não Pense no Elefante

Não Pense no Elefante

01/12/2013
E aí? Está pensando em quê?
Elefante? Mas eu pedi para não pensar nisso.
 
Fiz essa brincadeira com meu filho para que ele entendesse o que é foco e como é fácil desviarmos a atenção daquilo que é realmente importante.
Nos dias atuais estamos expostos a inúmeros recursos tecnológicos, recebemos milhares de informações por dia, vivemos a cultura da interrupção e do desculpismo da falta de tempo, além de termos excesso de dados gerando "desinformação".
Com isso, pode-se dizer que estamos excessivamente propensos à dispersão, isto é, estamos à mercê da atenção deficitária.
 
E é muito fácil desviarmos o foco para qualquer direção que não seja o objetivo principal.
Deixamos aquilo que é realmente importante para nossa vida, apenas cumprindo tarefas circunstanciais ou apagando incêndios que poderiam ser evitados.
É por isso que os estudiosos afirmam que o recurso humano mais escasso nos dias de hoje é a atenção.
 
Para ilustrar, pense quantas vezes você se pegou comparando sua vida à dos amigos de colégio; ou então de seus resultados aos obtidos pelo seu colega de trabalho.
 
Segundo Daniel Goleman, o Pai da Inteligência Emocional, o ser humano tem necessidade de foco, isto é, de dar atenção especial e se dedicar para desempenhar suas atividades. O estudioso afirma que temos três tipos de foco que fazem a diferença entre o desempenho medíocre e o excelente:
• foco interno, ou autoconhecimento
• foco voltado para outras pessoas, que permite estabelecer relacionamentos consistentes
• foco direcionado para sistemas maiores, como operações profissionais e identificação das estratégias mais eficientes.
 
O foco só vem com planejamento, um plano que responda às perguntas básicas: o que? por que? quando? onde? como? quando? quanto?
E, para que a atenção atue, são necessários três fatores básicos:
• fisiológico - condições neurológicas e situação contextual;
• motivacional: forma como o estímulo se apresenta e provoca interesse;
• concentração: grau de solicitação e atuação do estímulo.
É preciso entender o que você espera de si, quais as metas a cumprir, o que pretende mudar ou conquistar.
 
Muitos aproveitam a época de final de ano para prometer mudanças. Mas isso é a mesma coisa que começar o regime na segunda. Se tens a intenção de mudar, que seja a partir de agora. Afinal, como dizem os entusiastas: "aqui é o melhor lugar e agora é o melhor momento".
 
Particularmente, não acho que palavras motivacionais são tão eficazes assim.
Certamente que são positivas, mas motivação é um estímulo externo, algo que motiva a ação.
Mas para ter foco é preciso entusiasmo, algo muito maior que lhe inflama e concebe a vontade de fazer, de mudar, de agir.
 
Esse entusiasmo pode vir de um objetivo factível, bem estabelecido, que é algo que realmente deseja atingir.
E, da conquista objetivada para hoje, trace uma cronologia inversa, isto é, um passo a passo do fim para o começo. Aí conseguirá estabelecer as prioridades na vida pessoal e profissional, na organização, na entidade filantrópica. E poderá avaliar quanto tempo precisa dispensar às atividades que vão lhe conduzir às conquistas, observar os processos mais relevantes para atingir as metas e perceber o que é mais crítico e gera melhores resultados.
 
Atenção ao Tempo Dedicado + Atenção às Atividades Importantes = Foco no Objetivo.
A partir daí, não pensará no elefante cor de rosa nem na girafa azul.
 
 
 
"A atenção é a mais importante de todas as faculdades para o desenvolvimento da inteligência humana".
Charles Darwin