Alguns já devem conhecer essa história sobre um incidente com um trem que ia de Paris a Barcelona.

Em um compartimento estão quatro pessoas: uma linda jovem, viajando acompanhada de sua avó, e um altivo general, acompanhado de seu jovem e belo segundo-tenente. Os quatro se encontram em silêncio quando o trem entra em um túnel nos Montes Pirineus, a cordilheira localizada na fronteira entre a França e a Espanha.

O túnel está escuro como breu. Subitamente, ouve-se estalar um beijo, que é seguido de um segundo som, o de um forte bofetão. Quando o trem sai do túnel, os quatro permanecem em silêncio, sem comentar o incidente.

A jovem pensa: ”Minha nossa, foi realmente um belo beijo que esse lindo tenente me deu. Pena que a vovó deu um tapa nele, e ele deve ter pensado que fui eu. Pensa mesmo, pois quando chegarmos no próximo túnel, ele não me beijará de novo”.

A avó pensa: “Esse bonito jovem beijou a minha neta. Mas eu a criei para ser uma dama, e ela o colocou no devido lugar. Ótimo, pois agora ele não irá se aproximar dela ao chegarmos no próximo túnel”.

O general pensa: “Não posso acreditar no que acaba de acontecer! Eu pessoalmente o escolhi para ser meu assistente e achei que fosse um cavalheiro. Porém, no escuro, ele se aproveitou da jovem e a beijou. Ela deve ter pensado que fui eu, pois acabou dando o tapa em mim”.
O jovem tenente pensa: “Minha nossa, que maravilhoso! Quantas vezes na vida é possível beijar uma bela jovem e bater no chefe ao mesmo tempo?”


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Qual a ligação existente entre esse caso e a nossa vida cotidiana; o que um jovem tenente “aproveitador” pode acrescentar a o nosso dia-a-dia administrativo?
Conhecimento prévio, análise e oportunidade - este é um excelente modelo de lição empresarial e administrativa que nós podemos tirar deste caso.

O que aconteceu no trem?
O jovem tenente, ciente de toda a situação, pesou tudo o que poderia acontecer se desse um beijo na linda garota: provavelmente, sem saber o que havia ocorrido ao certo, a atitude dos outros passageiros seria a de esperar a reação de alguém; mas, como ninguém tinha plena certeza de o quê ocorrera, não houve reação alguma.

Traduzindo: nós devemos aproveitar as oportunidades surgidas. Mas, para isso, é extremamente necessário estar preparado para o passo a ser dado. Precisamos conhecer a nossa situação, pesar tudo o que pode acontecer a nossa volta, saber a direção que vamos tomar, para que a decisão seja a mais acertada.

Cada pessoa interpreta as informações da maneira que quiser. Porém, aquele que puder se antecipar, analisando a informação, pode criar uma situação favorável.
 
 
 
“O que vale a pena fazer, vale a pena fazê-lo bem”.
Philip Stanhope, Conde de Chesterfield