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O Líder Samurai

O Líder Samurai

01/01/2018
Nunca foi tão trabalhoso ser líder como atualmente.
A revolução tecnológica, a competição em nível local e global, novos modelos de negócios, padrões mais rígidos para levantar capital, mercados de trabalho mais exigentes, competição predatória, entre muitos outros fatores, tornaram a liderança empresarial realmente desafiadora e intimidadora.
Daí decorre o crescente desenvolvimento e interesse pelas orientações comportamentais.
 
E um comportamento que não é muito comentado, mas que mexe com o imaginário, é o dos antigos samurais.
 
Como guerreiros, destacavam-se pela coragem nas batalhas e destreza nas artes marcais, mas tinham também características essenciais como honra, lealdade, respeito, honestidade, integridade e compaixão.
A imagem dos guerreiros nipônicos é bem conhecida: estiveram à frente no Japão desde o século XII a.C. até meados do século XIX, época em que se alternavam períodos de paz e guerra (crescimento e crises). Eram senhores de vastos territórios (como os CEOs atuais), comandantes militares (pense nos diretores de empresas), administradores (tal e qual as médias lideranças), além de guardiões das artes, cultura e ciências.
 
Os samurais seguiam à risca um código, o Bushido, um caminho para alcançar a atenção plena e o destemor necessário para atingir o sucesso em batalhas.
O destemor é necessário, pois, sem ele, surge o estresse, que impede a clareza do pensamento; à medida que as pessoas ficam menos temerosas, suas mentes são desbloqueadas e a criatividade é liberada. A atenção plena conduz ao pensamento aperfeiçoado – “estar atento” significa compreender as situações de forma clara, objetiva e abrangente.
 
O Código Samurai é o ponto de equilíbrio da dualidade humana, a composição do conceito Yin Yang.
No fime “O Último Samurai”, estrelado por Tom Cruise, o protagonista está aprendendo a lutar com a espada e é continuamente derrotado. Quando ele deixa de pensar e agir da forma que estava acostumado, supera a dúvida e o medo, entrega-se à luta e, unificando-se com a ferramenta a seu dispor, alcança o êxito.
 
Muitos outros filmes sobre samurais trazem excelentes ensinamentos à liderança e empreendedorismo:
• Os Sete Samurais, obra-prima de Akira Kurosawa, com lições de valores e cultura organizacional;
• Kaguemusha, excelente exemplo de liderança;
• 47 Ronins, com grandes lições sobre honra, superação e estratégia;
• Corações Sujos, um filme brasileiro abordando crenças e comportamentos.
E estes são apenas alguns exemplos. Além disso, diversas obras literárias, como “O Líder Samurai”, de Bill Diffenderffer, que inspirou este artigo.
 
A grande exigência dos dias atuais está no “pensar e agir”, “conhecer e aplicar”, “refletir e executar”.
Simplesmente, colocar em prática a a lição dos Líderes Samurais: Atenção Plena e Destemor.
 
 
“Se a oportunidade não surge, saia do seu caminho para encontrá-la”.
  Bushido