Você já parou para pensar nos conceitos de Marketing aplicados à marca mais preciosa que você conhece?
  
Então, primeiro, vamos lembrar de alguns conceitos de Rapp & Collins:
• todo marketing deve ser bem-sucedido em satisfazer as necessidades e vontades dos compradores em geral;
• todo marketing deve realizar a venda, convertendo o interesse do comprador em intenção de compra;
• todo marketing deve desenvolver uma relação com o comprador para atingir a fidelidade.
 
Agora vamos voltar à primeira frase, e pensar qual a marca mais importante que você conhece... Espero que tenha dito que essa marca é "Você". Então poderá dizer: "Mas eu não sou um produto! Eu não estou à venda!".
  
Certamente, você não está à venda no sentido de ser comercializado ou de ser avaliado como moeda de troca. Mas está constantemente transmitindo uma imagem a alguém com o intuito de agregar mais valor a você mesmo.
  
Imagine-se como um produto: você percebe o que o mundo precisa, seja em âmbito pessoal ou profissional. Depois, ciente dessa carência ou necessidade, procura se aperfeiçoar, estudar e se desenvolver para se adequar àquela lacuna que poderá suprir, aquele desejo latente do mundo que você estará apto a tornar uma satisfação real. E, ao longo do tempo, continuará a ser desenvolver e se relacionar com esse mundo externo para se fazer cada vez mais necessário, adequando-se aos novos desejos que irão surgir.
  
Assim, passamos nossa vida tentando transmitir uma imagem a alguém, de acordo com as circunstâncias que vivenciamos. Isso acontece no colégio, no namoro, na vida profissional... Embora na maioria desses casos não haja dinheiro diretamente envolvido - a não ser no casamento pelo Golpe do Baú - existe uma troca de interesses mútua que está sendo satisfeita. No namoro, há o casal que demonstrou interesse um pelo outro e começa uma relação para se conhecer melhor. Na vida profissional, uma entrevista de emprego, que culmina com a contratação e a ascensão na carreira. Na amizade, onde trocamos sentimentos e emoções de carinho, confiança, apoio.
  
E, em todas essas relações, buscamos mostrar nossas qualidades e virtudes. Quanto às deficiências, procuramos encobri-las e, mais tarde, começamos a evoluir no sentido de eliminá-las ou, ao menos, torná-las irrelevantes diante de nossos aspectos positivos.
  
Dessa forma, para se vender, você precisa identificar quem são os clientes aos quais você está se "vendendo", isto é, com quem você deseja se relacionar, e entender quais são os interesses e necessidades dessa pessoa. Afinal, o que eles estão "comprando", inicialmente, é uma percepção da imagem que passamos. Após identificarmos nossos clientes, e potenciais clientes, cabe a cada um agir no sentido de cativá-los, suprindo e superando suas expectativas.
  
Em suma, tudo isso é marketing! Não é apenas fazer uma boa propaganda, onde dizem que você é realmente bom. Não é apenas ter uma "boa lábia", conseguindo passar apenas uma boa primeira impressão. Aplicando os conceitos do Marketing, você percebe as necessidades atuais ou latentes, desenvolve e aperfeiçoa seu produto ou serviço, propaga a sua existência culminando com a venda propriamente dita, e estabelece uma relação contínua com o cliente.
  
Agora faça um pequeno dever de casa. Elimine todos seus preconceitos quanto às expressões "vendas" e "vendedor", pois no mundo atual elas ganharam uma imagem pejorativa, no sentido de alguém que está "empurrando" um produto ou serviço que não desejamos. Depois, pense se a sua "venda" é para satisfazer seus clientes ou para satisfazer a você mesmo?
  
É um exercício de crescimento pessoal que vai valer a pena. Boa sorte em suas vendas.
  
 
 
"Tudo é sempre uma venda! Ou você vende a alguém que lhe diz SIM ou quem vende é ele que lhe diz NÃO."
Jeffrey Gitomer