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O Mundo Tem Pressa

O Mundo Tem Pressa

01/06/2007
Parceria produtiva, comprometimento, responsabilidade social... Estes e muitos outros temas estiveram presentes em nosso dia-a-dia nos últimos tempos.
 
Agora, o tema da moda é Sustentabilidade. No entanto, se este assunto for tratado somente como mais um modismo, a humanidade está fadada à extinção. A sustentabilidade não pode ser entendida apenas como uma expressão passageira de empresas, políticos, jornalistas e marqueteiros. Ela representa o futuro da vida na Terra.
 
A imprensa mundial foi invadida por tsunamis, terremotos, avalanches, tempestades, derretimento da calota polar, enchentes. Todas essas catástrofes da natureza estão mostrando que o planeta está atingindo o seu limite e, se não houver nenhuma atitude imediata, é bem possível que nossos netos ou bisnetos possam não existir.
 
Para alertar os líderes políticos mundiais, recentemente foi publicado o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que atribui à ação humana a culpa pelo super aquecimento global, alertando sobre os perigos do aumento da temperatura do planeta, principalmente em virtude da emissão de gás carbônico.
 
Aproveitando ainda o gancho do Oscar concedido ao documentário "Uma Verdade Inconveniente", do ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, a mídia tem explorado cada vez mais todas as pautas a respeito do desenvolvimento sustentável, da preservação do meio-ambiente e da garantia de vida futura às gerações que estão por vir.
 
Embora grande parte dessa tarefa esteja reservada aos governantes, as empresas também têm sua parcela de responsabilidade através do desenvolvimento de ações sócio-ambientais baseadas no conceito dos 3Ps: people, planet e profit (pessoas, planeta e lucro).
 
A nós, consumidores de plantão ávidos por novidades, e que costumeiramente não pensamos no futuro do planeta, também cabe boa parcela de culpa.
 
Em primeiro lugar, pelas pequenas ações praticadas, mesmo que involuntariamente. E é possível citar várias delas, como descartar pilhas, baterias e celulares de forma inadequada; jogar o óleo de cozinha pia abaixo; consumir energia em excesso; desperdiçar água; etc. Assim, a cada um de nós recai a responsabilidade pela preservação.
 
E ainda temos muito mais a fazer. Podemos, como consumidores, optar por adquirir somente produtos e serviços de empresas que se preocupam com o meio-ambiente, que desenvolvem ações e disseminam os verdadeiros valores da sustentabilidade.
 
Nós recebemos um mundo dos nossos pais. Agora pare e pense se as coisas estão melhores ou piores. Avalie se você leva seus filhos à mesma praia que você frequentou quando criança. Ou, então, se aquele riacho do sítio na cidadezinha interiorana ainda tem águas cristalinas para bebericar e se divertir.
 
A questão agora é de assumir uma nova postura como indivíduos e como coletividade a fim de eliminar - ou, pelo menos, minimizar - a escassez de recursos naturais do planeta.
 
Mas não há mais espaço para conversa: é preciso partir para a ação, urgentemente.
 
É bem possível que essas pequenas atitudes de cidadãos comuns não resolvam o problema. Mas elas podem adiá-lo. E isso já é válido, pois a humanidade luta contra o tempo. E cada momento ganho é precioso pois, quanto mais ações tomarmos hoje, mais alternativas terão as gerações futuras.
 
 
 
"De nada adianta o homem conquistar a Lua se acaba por perder a Terra."
François Mauriac