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O Valor de uma Marca

O Valor de uma Marca

01/07/2002
Carregado de emoção.

É assim que começo a escrever. Domingo, 30 de junho, pouco mais de 10 horas. A Seleção Brasileira acaba de conquistar o Penta, teve o artilheiro da competição, o melhor jogador do Mundial, quebrou recordes históricos...

E, dessa trajetória do futebol brasileiro ao longo do tempo, podemos tirar muitas lições.

Primeiramente, gostaria de destacar o sentimento de nação, talvez bastante distante de nosso dia-a-dia. Normalmente, no âmbito esportivo, nossos atletas conseguem fazer aflorar esse sentimento no povo brasileiro. Senna, Guga, Oscar, Hortência, Joaquim Cruz, Aurélio Miguel, Pelé, entre outros, tiveram a missão de levar alegria ao povo. No entanto, somente a Seleção Brasileira tem a força de criar uma identidade nacional, de levar um país inteiro a vestir a camisa verde-amarela, a se enrolar na Bandeira, a colocar a mão direita sobre o coração e a cantar o Hino Nacional.

Nesta Copa do Mundo vimos mais de 170 milhões de brasileiros torcendo pela luta de seu país, pela batalha pessoal de alguns atletas que precisaram superar enormes obstáculos, como Ronaldo e Juninho Paulista. Lá fora, não pára o buzinaço, são pessoas e mais pessoas pulando nas ruas, tocando suas cornetas, gritando “Brasil! Brasil! Brasil!”

É importante aproveitar esse momento para buscarmos fortalecer a imagem do Brasil, para fazer o brasileiro acreditar e se orgulhar de seu país.

Temos que trabalhar como formadores de opinião, mostrando que o Brasil tem muito mais do que samba, cachaça e futebol. Podemos mostrar que o Brasil tem um povo capacitado, que tem gana de crescer e de se tornar uma grande nação.  Podemos mostrar que somos um país recheado de talentos profissionais nos mais variados setores da economia, que podemos oferecer produtos e serviços tão bons - e, em muitos casos, melhores - quanto os de outros países.

E essa missão de “mostrar a cara do Brasil” cabe a governantes, empresários, imprensa, etc.
Mas, principalmente, essa missão cabe a mim... E também a você.

Tentando agora deixar um pouco do nacionalismo de lado, temos uma outra grande lição trazida pela Copa do Mundo: o valor de uma marca. Afinal, a Seleção Brasileira de Futebol é uma marca.
Talvez, eu deva dizer que é muito mais que uma marca: a Seleção é um ícone, é um mito. Mesmo tendo chegado à Copa desacreditada, eram bilhões de pessoas no mundo todo que se identificaram com a camisa amarela, que passaram a sofrer influência dessa marca, que começaram a defender essa identidade e a assumir a personalidade de alegria e paixão transmitida por ela.

A “seleção canarinho” tem o poder de intimidar aqueles que se vêem contra ela. Os próprios jogadores alemães já assumiam a derrota; afinal, o Brasil era franco favorito, era o melhor futebol do mundo...

Mas, para poder manter essa identidade, é preciso trabalhar arduamente em ações que visem manter essa liderança. A partir de agora, cada um que vestir a camisa da Seleção Brasileira tem que compreender a necessidade da maior luta: a de fazer com que a marca do futebol brasileiro continue a ser respeitada e admirada pelos outros países, que tentarm se igualar ao nosso futebol.
E, convertendo essas idéias para o marketing, pode-se dizer que as empresas e suas marcas travam um batalha diária para alcançar o topo. Aquelas que estão em posições de crescimento, passam a se espelhar no líder, a praticar o benchmark, a treinar e motivar suas equipes para derrotarem o lídre. Este, por sua vez, precisa melhorar cada vez mais para não ser alcançado pelos concorrentes.

Certamente, existem ainda muitas outras lições que podemos trazer dessa Copa. Se você encontrou algumas, passe-as para nós.
Porque agora eu estou indo comemorar.
 
 
 
“É acidentada a rota que leva às alturas da grandeza”.
Sêneca