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Observação e Resultado

Observação e Resultado

01/03/2002
Não descartar nenhuma idéia: esse é um dos mandamentos da empresa moderna. E isso engloba ouvir a todos, tolerar possíveis falhas e aprender com os erros. Primeiro, porque não somos donos da verdade nem os únicos capazes de realizar. Depois porque a falha é inerente ao homem e o método da tentativa-erro é a melhor forma para aprender. E, finalmente, porque devemos crer que, diante de alguns erros, podemos construir pilares sólidos para o crescimento da organização.

Quando realizamos nossos “brainstormings” nos preocupamos em não podar qualquer idéia, por mais absurda que nos pareça num primeiro momento. Muitas coisas “inúteis” que são ditas por uma pessoa dão um “start” para o pensamento de outros.
Assim, é necessário ouvir, tolerar e aprender. Nada deve ser jogado fora. Só para exemplificar, vou citar alguns “cases” que se tornaram sucesso graças à observação e ao acaso:
• Tupperware: em 1949, a cliente Brownie Wise ligou para a fábrica para reclamar ao dono Earl Tupper da demora na entrega dos produtos, os quais a senhora vendia em festas por ela organizadas. Tupper gostou da idéia e passou a realizar eventos como esse como canal de venda
de seus produtos.
• Liquid Paper: em 1951, a secretária Bette Nesmith, de 27 anos, foi contratada para trabalhar com máquina elétrica sem a possibilidade de usar a borracha para apagar os erros. Colocou um pouco de tinta branca num frasco e fazia as correções. A idéia foi aperfeiçoada e recebeu o nome de Liquid Paper. Em 79 foi comprada por US$ 50 milhões pela Gillette.
• Barbie: de tanto ver sua filha brincar com bonecas fazendo de conta que eram mulheres de sucesso e com gurda-roupa moderno, Ruth Handler, vice-presidente da Mattel, deu forma e vida à imaginação da filha, supondo que meninas no mundo inteiro brincavam de forma semelhante.
• Post-It: Arthur Fry cantava no coro da igreja, mas se aborrecia na hora de procurar a página certa; sempre marcava-as com pedaços de papel que caíam conforme folheava o livro. Aí lembrou-se de um adesivo na época que trabalhou na 3M e que fracassou porque era suficientemente forte para aderir, mas não foi adiante porque era facilmente removível; era uma cola que não colava.
• Scotchgard: o protetor de tecidos de efeito impermebilizante teve descoberta inusitada. Dois cientistas trabalhavam com flúor e um deles derrubou uma gota no tênis. Dias depois, todo o calçado estava sujo, menos o local que havia sido atingido pelo produto.
• Avon: o fundador da empresa, David McConnel, era vendedor de livros em Nova York. Ia de casa em casa, batendo de porta em porta, quando teve a idéia de oferecer um frasco de perfume como brinde aos clientes. Em pouco tempo, para sua surpresa, o brinde passou a fazer mais sucesso que os livros, o que o levou a mudar de ramo. As vendas, no entanto, continuaram a ser de porta em porta.

Criar é inerente a qualquer pessoa, a qualquer profissão: o professor precisa de criatividade para elaborar uma aula com conteúdo; o médico necessita de criatividade para receituar um conjunto de medicamentos; o engenheiro cria soluções para melhor aproveitamento dos materiais; o advogado busca a melhor defesa através de um expediente criativo, o empresário cria oportunidade de negócios; o publicitário cria campanhas atrativas que dêem resultado.

99% das pessoas são capazes de fazer muito mais. Permita que isso aconteça em sua empresa.
 
 

“O que chamamos de acaso talvez seja a lógica de Deus”.
Bernanos