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Penso, logo Desisto

Penso, logo Desisto

01/10/2019
Que René Descartes me perdoe.
Mas permiti-me o direito de reaplicar sua célebre frase, publicada em 1637 na obra O Discurso do Método.
E faço isso para chamar a atenção a um comportamento que, infelizmente, tem se tornado comum: o desistir de algo, simplesmente porque parece difícil ou trabalhoso, exigindo esforço e dedicação.
 
Vemos empresas querendo mudar, mas preferem fórmulas milagrosas de gurus de efeitos inócuos.
Observamos profissionais desejando crescer, mas que não se capacitam para suprir as exigências dos cargos.
Notamos indivíduos almejando melhorar-se, mas atribuem a fatores externos suas possibilidades de resultados.
 
Enfim...
Muita iniciativa e pouca “acabativa”.
Muita intenção e nenhuma atitude.
Muito planejamento e zero de execução.
 
Alguns querem responsabilizar essa onda de “vitimite” a uma tal de “geração mimimi”. Bem... Essa geração foi educada, recebeu conhecimento e aprendeu a agir com as gerações anteriores. Então, quem quer culpar é, no mínimo, corresponsável.
No mundo moderno temos três ou quatro gerações coexistindo, ensinando, aprendendo e agindo sinérgica e mutuamente de forma interdependente. Então, é necessário parar de dar desculpas, de responsabilizar os outros, e agir.
 
Não fazer é ficar para trás. Procrastinar é perder oportunidades. Ter medo é esconder todas as nossas potencialidades.
Mas desistir é a somatória de tudo isso com os traumas e experiências negativas que impactam emocionalmente.
 
Voltando a Descartes, a frase original em francês é “Je pense, donc je suis”, cuja tradução literal seria “Penso, logo Sou”.
E tenho a convicção de que o propósito real de todos é “ser alguém que deixará um legado positivo”.
Legado a ser construído com o equilíbrio da razão e emoção, da reflexão e atitude, do pensar e fazer.
 
Penso, logo Existo, Faço e Conquisto.
 
 
 
“Nunca sei se quero descansar porque estou realmente cansada, ou se quero descansar para desistir.”.
  Clarice Lispecto