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Precisamos do Horizonte

Precisamos do Horizonte

01/06/2002
Certa vez alguém chegou ao céu e pediu para falar com Deus porque, segundo seu ponto de vista, havia uma coisa na criação que não tinha sentido.
Deus o atendeu de imediato, curioso por saber qual era a falha que havia na criação.
- “Senhor Deus, sua criação é muito bonita, muito funcional, cada coisa tem sua razão de ser... Mas, no meu ponto de vista, tem uma coisa que não serve para absolutamente nada”, disse aquela pessoa para Deus.
- “E que coisa é essa que não serve para nada?”, perguntou Deus.
- “É o horizonte! Para que serve o horizonte? Se eu caminho um passo em direção ao horizonte, ele se afasta um passo de mim. Se caminho dez quilômetros em direção ao horizonte, ele se afasta os mesmos dez quilômetros de mim... Isso não faz sentido! O horizonte não serve para nada”.
Deus olhou para aquela pessoa, sorriu e disse:
- “Mas é justamente para isso que serve o horizonte, meu filho... Para fazê-lo caminhar.”



Hoje vemos as pessoas, em seu dia-a-dia, correndo loucamente de um lado para outro, afirmando que o dia de 24 horas é muito curto para fazer tudo que está na agenda. Posso ainda afirmar que você conhece uma pessoa que se julga o maior trabalhador, que ninguém labuta tanto quanto ela, que dá a vida pelo trabalho.

Talvez essa pessoa seja você mesmo.

O fato é que, por vezes, esquecemo-nos do porquê de estar correndo tanto. O que estamos querendo conquistar nessa louca e corrida vida?

Para isso precisamos ter sempre em mente o nosso horizonte. Na vida pessoal, chamamos o horizonte de objetivo, sonho. Nas empresas, a palavra de ordem é meta. Na verdade, seja qual for o nome que damos a esse fim, é extremamente necessário sabermos que estamos vivendo e trabalhando para atingí-lo. Afinal, se em determinado momento de nossa jornada, esse horizonte for mudado, precisamos ter ciência disso. E, para caminharmos nessa trilha, muitas vezes precisamos nos desgarrar de limitações.

Em tempos de incerteza, torna-se essencial desenvolver a autoconfiança. Isso significa respeitar os limites dos outros e romper as próprias barreiras. Agindo assim, todas as dificuldades podem ser superadas, já que impasses geram novas idéias e possibilidades de superação.

O maior adversário da capacidade criativa está, geralmente, em nossa própria limitação em lidar com as dificuldades. Se tivermos um medo terrível de investir em um projeto, de seguir rumo ao desconhecido, de dar outro curso a nossa vida, de ler um livro que abala todos os nossos conceitos, corremos o risco da estagnação, pior mal que pode atingir o homem do século 21.
Só conquistamos nossos objetivos tendo como foco o horizonte e, para atingí-lo, precisamos confiar em nossa capacidade criativa. Precisamos acreditar em nós mesmos.

E se, durante a sua jornada, você se depara com um muro alto, existem apenas duas opções: virar para trás e voltar o caminho percorrido ou superar o muro.

Porém, a maior parte de nós tende a falar: “Esse muro é muito alto”, “Eu não consigo”, “Meus braços vão doer”...

No livro Ilusões, escrito por Richard Bach (o mesmo de Fernão Capelo Gaivota), Shimoda, uma das personagens fala a um amigo:
- “Valorize suas limitações e, por certo, não se livrará delas”.
E diz também:
- “Nunca lhe dão um desejo sem também lhe darem o poder de realizá-lo. Você pode ter de trabalhar por ele, porém.”

Não importa qual o nosso objetivo, se é pequeno ou grande, simples ou complexo, se é apenas um pequeno passo de uma longa jornada. É necessário ter consciência de que precisamos de atitudes pró-ativas, sempre com foco em nossos objetivos, livrando-nos de todas as limitações e obstáculos, para conquistar nossos sonhos, nossas metas, nosso horizonte.

Agora, pare por alguns instantes, pense no seu dia, na sua semana e dê um passo em direção ao horizonte.
 
 
 
“O futuro pertence aquele que acredita na beleza de seus sonhos”.
Eleanor Roosevelt