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Prevenção ou Antecipação

Prevenção ou Antecipação

01/06/2012
O velho ditado já afirma: prevenir é melhor que remediar.
No mundo corporativo, essa máxima é ainda mais relevante. Empresas, de todos os portes e segmentos, não têm mais permissão para errar. Uma pequena falha pode representar o caminho ao fracasso, seja na perda de clientes, na queda de faturamento ou na imagem da marca.
 
Por essa razão, um diagnóstico preciso do universo em que a empresa está imersa é extremamente necessário. Não há mais espaço para "achismos". As informações estão aí, abertas e à disposição de todos. Basta saber coletá-las, utilizando-as para embasar os passos da organização. Emprestando um termo do "juridiquês", é preciso realizar uma "due diligence", isto é, uma diligência prévia a fim de se conhecer os detalhes da real situação da empresa, marca ou segmento. Na prática, trata-se de um procedimento de análise sistemática das informações de um mercado com o objetivo de mensurar riscos efetivos e potencialidades.
 
Todo esse conjunto de informações, depois de estruturado e analisado, permitirá responder aos principais pontos de um Planejamento Estratégico. Quais os objetivos claros e tangíveis? Que estratégias traçar? Como identificar as necessidades do público-alvo? E seu poder de compra? O que fazer para conseguir maior volume de vendas ou participação de mercado? Quais fatores externos podem afetar o sucesso? Perguntas tão comuns aos gestores, mas que a grande maioria tem dificuldades em responder, justamente pela falta de informações confiáveis, que acabam acarretando em estratégias fracas e ineficientes se comparadas às reais necessidades do mercado.
  
Com o potencial do mercado, a forte veia de empreendedorismo do brasileiro e a realização de várias operações de expansão empresarial, muito se fala sobre a aplicação da "due diligence" como indispensável à segura concretização de negócios. E não são poucas as ferramentas à disposição para essa coleta de informação: pesquisas de mercado, estudos de hábitos e comportamento, inteligência competitiva, monitoramento de mercado, análise de tendências são alguns dos mais comuns. A grande questão para a concretização de um planejamento eficiente é ter isenção e imparcialidade na avaliação. Somente assim será possível construir uma estratégia livre de fatores emocionais e paternalistas.
  
O ponto central de uma "due diligence" é conhecer, em detalhes, a real situação (não aparente) de uma empresa para que todos (ou quase todos) os riscos e oportunidades de um Plano de Negócios sejam avaliados. É, basicamente, mapear o caminho antes de empreender a jornada. E é aí que boa parte das empresas falha, pois começam a caminhar sem saber ao certo para onde querem ir.
  
Uma análise criteriosa permitirá apontar os principais pontos críticos e relevantes existentes na estrutura da organização, identificar riscos e ameaças oriundos das mais diversas vertentes, quantificar mercados, apontar responsabilidades, identificar providências urgentes e prioritárias e, principalmente, determinar a melhor estratégia e posicionamento.
  
Não importa o tamanho do negócio, da empresa, do segmento ou mesmo do potencial do mercado envolvido. Mas é fundamental a realização de um levantamento nos moldes de uma "due diligence", adequando os trabalhos, tempos e resultados esperados para cada ação, já que cada organização é única e não existem receitas prontas. Com tais procedimentos, tem-se um panorama mais cristalino, que conduz os gestores para decisões mais concretas, calculadas e factíveis.
  
Para alguns empresários, a "due diligence" pode significar um trabalho preventivo de eliminação de riscos. Para outros, trata de ações que conduzam a processos de inovação e melhorias. Enfim, seja na prevenção ou na antecipação, a informação é necessária e obrigatória. Mas, como diria o escritor inglês Charles Caleb Colton, "a má informação é mais desesperadora que a falta de informação".
 
  
 
  
"A chave de todas as ciências é, indiscutivelmente, o signo da interrogação."
Honoré de Balzac