Um antigo ditado diz: “Se a vida der a você um limão, faça dele uma limonada”.
  
Pois bem, a crise financeira pela qual o mundo está passando oferece limões a cada empresa e profissional. E, agora, cada um que prepare o seu "suquinho".
  
Passei a vida escutando que é em época de crise que se cresce. Então, chegou a nossa hora. E a oportunidade está batendo a nossa porta, pois é justamente nos momentos de crise, aperto financeiro e falta de perspectiva que se deve estar atento ao que realmente nos estimula e às saídas que a vida nos mostra. Às vezes, tais saídas ou oportunidades ficam ocultas pela inércia, pela desesperança ou pelo medo. Como diz a empresária, professora universitária e professora Amalia Sina, membro da Academia Brasileira de Marketing, “numa época desfavorável, temos a chance de escolher: ou renascemos da crise ou nos afundamos nela”.
  
Acredito que você saiba, mas vale relembrar: para expressar "crise" os chineses utilizam dois ideogramas, significando respectivamente "risco" e "oportunidade". O risco é inerente à crise, faz parte dela. No entanto, a cultura de negócios ocidental tem dificuldade em entender que é na situação difícil e limítrofe que aparecem os "insights" de criação, inovação e desenvolvimento que culminam na oportunidade.
  
As oportunidades são fruto de nosso empenho, talento, motivação e capacidade de agir e ir à luta. Muita gente ainda diz que o fator sorte é o que prevalece, pois ela nos coloca no lugar certo, na hora certa, junto às pessoas certas. Porém, prefiro seguir à recomendação de Stephen Leacock: "Acredito com firmeza na sorte. Acho que quanto mais arduamente trabalho, mais sorte eu tenho."
  
Tom Monte, na obra Determine a Sua Própria Sorte, afirma que “as oportunidades aparecem em nossa vida como coincidências, que se apresentam de forma simples. Por exemplo, podemos de repente conhecer alguém que nos dê uma chance que nunca pensamos ser possível. Ou encontrar numa reunião alguém que pode representar muito para nossa carreira”.
  
Para Monte, essas coincidências afortunadas não são apenas um mero fruto do acaso: “A rede da vida parece ter uma memória longa e um alcance ainda mais longo e traz a nós a sorte, dependendo das sementes que plantamos. Em outras palavras, faça muitos amigos ao longo do caminho. Parece básico, mas inúmeras pessoas esquecem isso por causa da competição”. É o chamado networking, uma das premissas do Marketing moderno, onde as pessoas fazem negócios com marcas/produtos/pessoas que conhecem, gostam e confiam.
  
Um exemplo clássico que traça outro paralelo entre crises e vitórias são as inúmeras batalhas da humanidade, onde os grandes líderes se tornaram renomados graças à visão, ímpeto estratégico e ousadia em reverter situações totalmente adversas. Basta verificar algumas biografias, como as de Alexandre O Grande, Napoleão, Gengis Khan, Julio Cesar, Churchill, entre outros.
  
Para finalizar, algumas dicas para transformarmos a crise em oportunidade:
 • Atenção para deixar a mente aberta e alerta
 • Discernimento para distinguir o “simplesmente mudar” do “mudar para melhor”
 • Flexibilidade para aprender a curvar-se diante dos fatos
 • Ousadia para tentar e arriscar
 • Criatividade para fazer diferente e evoluir
 • Coragem para abdicar da zona de conforto, dominar o medo e realizar escolhas.
 • Planejamento para desenvolver as melhores e mais rentáveis estratégias
 Então, o que vai fazer a diferença é a forma de agir de cada um. A postura de encarar aquele momento como um tempo de mudança e não como um momento de sofrimento. E, que me perdoem as palavras, vamos seguir o ditado popular, "não é preciso desistir, porque até um 'pé na bunda' te leva para frente".
  
  
  
"Toda dificuldade vem acompanhada de meios para solucioná-la."
 Mark Twain