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Rowan - Em Busca de Comprometimento

Rowan - Em Busca de Comprometimento

01/01/2001
Muitos de vocês já conhecem esta história. Ela se iniciou no meio militar, onde a ouvi pela primeira vez, e hoje se tornou um ícone do mundo corporativo quando é necessário ensinar ou gerar nas pessoas o estado de resultados. Afinal, quem não conhece a “Mensagem a Garcia”.

Quando surgiu a guerra entre os Estados Unidos e a Espanha, o presidente americano precisava enviar uma mensagem urgente ao líder dos guerrilheiros, um homem chamado Garcia, que encontrava-se escondido em algum lugar longínquo nas montanhas cubanas. O presidente precisava ganhar sua cooperação. E rápido. Mas como encontrar Garcia se o paradeiro dele era incerto? Até que alguém disse ao presidente: “Se alguém pode encontrar Garcia é um sujeito chamado Rowan. Procuraram então o tal Rowan e lhe deram uma carta a ser entregue para Garcia.
Assim, o sujeito chamado Rowan pegou a carta, colocou-a em uma pequena bolsa, amarrou-a sobre o peito, desembarcou à noite, quatro dias depois, na costa de Cuba usando um barco aberto, desapareceu na selva e três semanas depois saiu do outro lado, após atravessar a pé em um país hostil e de ter entregue a carta a Garcia.

O que nos chama a atenção é que nosso herói Rowan nem sequer perguntou ao presidente “Onde posso encontrar esse Garcia?”

Agora, voltando para nosso dia-a-dia, quando entregamos uma tarefa a um colaborador, o que ouvimos: “Mas como eu faço isso? Dá certo? Passa pro Fulano, eu estou cheio de trabalho?”
Qualquer semelhança com a nossa realidade não é mera coincidência. Será que os profissionais de hoje não se capacitam tanto quanto antigamente? Está havendo uma carência de pessoas comprometidas com o objetivo das empresas?

Encontrar e conquistar talentos dos novos tempos não é missão das mais fáceis. As empresas precisam, antes de tudo, formar os seus próprios Rowans. Precisam formar e capacitar talentos que possam promover uma guinada de 180 graus nos pensamentos e ações para se tornarem verdadeiros “Profissionais do Conhecimento”. Podemos identificar esse tipo de profissional pela capacidade que temos de nos “Autogerenciar”. “O Autogerenciamento é uma revolução em assuntos humanos”. Ele requer coisas novas e sem precedentes do indivíduo e, em particular, do trabalhador do conhecimento. Isto porque requer que cada trabalhador do conhecimento pense e se comporte como um executivo principal”. São palavras de Peter Drucker.

Toda empresa precisa de homens com a maturidade que os leve a ser leais, a agir prontamente, a concentrar suas energias, a fazer aquilo que precisa ser feito - “Levar uma mensagem a Garcia”. O profissional do conhecimento não pergunta como. Ele sabe o que precisa ser feito e encontra a maneira de executar isso, no menor custo, no tempo ideal, com resultados que superam as expectativas. Muito além de conhecer as características, políticas e clima da organização, é de extrema importância que os colaboradores sejam profissionais do conhecimento e estejam conectados com as mudanças que ocorrem diariamente.

Os profissionais de RH sabem e pesquisas comprovam que não é o salário o principal elemento motivador dos empregados. O comprometimento do colaborador com a organização, bem como o reconhecimento de seu trabalho valem muito mais.

Mas, onde encontramos os nossos Rowans? Em nossa própria empresa. É necessário termos a consciência de que nosso pessoal é apto a desenvolver várias tarefas. Mas, primeiro, é preciso mostrar-lhes de o quanto eles são importantes para a organização, de quanto poderemos crescer graças aos seus esforços e, principalmente, motivá-los a atingir metas cada vez maiores e se beneficiar com os resultados e reconhecimento de sua próprias realizações.
 
 
 
“Não é tanto o navio, mas o saber navegar que assegura uma viagem tranquila”.
George W. Curtis