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Sobrevivência

Sobrevivência

01/03/2012
No final de 2008, na iminência da grande crise mundial, Jack Welch, ex-CEO da GE (General Eletric), lenda viva no mundo dos negócios, abordou a postura que as empresas deveriam adotar a fim de superar o período ruim que se avistava. Para ele, os líderes empresariais deveriam acrescentar algumas decisões importantíssimas para superar as dificuldades e continuar crescendo. Na verdade, minha ideia é relembrar dois dos principais pontos que esse grande líder corporativo comentou, uma vez que o momento pelo qual passamos parece trazer grandes incertezas.
 
O primeiro conselho de Welch trata de adotar uma estratégia mais ofensiva. É certo que o momento exige ações defensivas, seja com certa retração nos investimentos, algumas demissões, diminuição de salários, fornecedores alternativos, etc. Mas é bom ter cuidado para que isso não vire uma obsessão, olhando somente para o que acontece dentro da empresa, numa atitude contraproducente. Afinal, quem manda na empresa e a mantém no mercado está fora dela: o cliente. Portanto é necessário combater essa tendência de "instalação do terror", buscando alternativas criativas e inovadoras em produtos e serviços, extrapolando as expectativas dos consumidores, realmente surpreendendo-os. Aliás, postura essa que, por mais que amplamente difundida e comentada, poucas empresas realmente praticaram.
 
O segundo ponto é deixar claro a todos os colaboradores os princípios básicos da empresa. Enfim, bater na tecla da autenticidade, da integridade e da credibilidade. O mercado exige valores, ética e integridade; não é algo opcional. E, novamente, é outro ponto que muitos falam mas poucos praticam. Basta ver o número de reclamações, insatisfações ou promessas não atendidas. Não existe mais espaço para "dar um jeitinho", "fazer uma gambiarra" ou "dar uma de MacGyver". Comprometa-se, a partir de agora, a arrumar tempo para verificar objetivamente o que está errado, identificando as melhores alternativas para solucionar o problema. É preciso mostrar à equipe que, com o objetivo de sempre proteger o cliente e a reputação da empresa, ignorar uma violação à ética é o mesmo que transgredi-la.
  
Além desses dois pilares, também vale frisar outros conselhos de Jack Welch para aplicar aos negócios:
• faça sempre mais do que esperam; surpreenda sempre;
• seja líder; inspire com uma clara visão de como as coisas podem ser melhoradas;
• gerencie menos, dê autonomia para que as pessoas tomem suas próprias decisões;
• envolva todos, promova a troca de ideias e explore os talentos de seus colaboradores;
• crie uma visão; consiga com que as pessoas tenham paixão pelo o que elas fazem;
• tenha foco constante na inovação; crie vantagem sobre seus produtos e serviços;
• veja as mudanças como uma oportunidade. Tire o “s” da palavra “crise” = crie;
• encare a realidade e haja decisivamente; não caia no erro do conformismo;
• faça follow-up em tudo, o tempo todo e com todos.
 
Muito do que foi colocado aqui você pode dizer que é utópico, mas líderes e administradores sabem e conseguem colocar isso em prática.
 
Você também pode dizer que já sabia de tudo isso. E então cito um antigo provérbio chinês que diz: "Quem sabe e não faz, no fundo, não sabe". Como costumo dizer, é preciso iniciativa e "acabativa".
  
Afinal, um homem como Jack Welch, reconhecido por sua liderança e técnicas de gestão implementadas com muito sucesso em uma das maiores e mais respeitadas empresas do mundo (General Eletric - GE), que traçou uma nova estrada no mundo dos negócios e reescreveu as regras de como uma empresa de sucesso e lucrativa deve ser e conduzir seus negócios, certamente não está errado.
  
  
 
"Controle o seu destino ou alguém o controlará."
Jack Welch