Um velho carpinteiro estava para se aposentar. Ele contou a seu chefe seus planos de largar o serviço de carpintaria e construção de casas e viver uma vida mais calma com a sua família. Claro que ele sentiria falta do pagamento mensal, mas ele necessitava da aposentadoria.
 
O dono da empresa sentiu em saber que perderia um de seus melhores empregados e pediu a ele que construísse uma última casa como um favor especial.
Mas era fácil perceber que seu coração não estava no trabalho. O carpinteiro não se emprenhou no serviço, utilizou mão-de-obra e matéria-prima de qualidade inferior. Enfim, uma maneira lamentável de se encerrar a carreira.
 
Quando o carpinteiro terminou seu trabalho, o construtor veio inspecionar a casa e, nesse momento, entregou a chave da porta ao carpinteiro, dizendo:
- “Esta é a sua casa, meu velho amigo. É um presente especial para você”.
 
Surpreso e envergonhado, o carpinteiro pensou:
- “Se soubesse que estava construindo a minha própria casa, teria feito completamente diferente. Não teria sido tão relaxado”.
E agora o carpinteiro teria que morar numa casa feita de qualquer maneira.
 
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Assim acontece conosco. Muitas vezes nós podemos estar construindo nossas vidas de maneira distraída, reagindo mais que agindo. Será que estamos realmente empenhando nosso maior e melhor esforço?
 
Pense em você como o carpinteiro. Pense sobre sua casa. Cada dia você martela um prego novo, coloca uma armação ou levanta uma parede. Há de se construir sabiamente. É a única vida que você construirá. Mesmo que exista somente mais um dia de vida, mais um dia de trabalho, este dia deve ser vivido grandiosamente e com dignidade.
 
A vida é um projeto do tipo “faça você mesmo”, pois ela depende apenas de você. A vida de hoje é o resultado das atitudes e escolhas feitas no passado. A vida de amanhã será o resultado das atitudes e escolhas feitas hoje.
 
E a atitude de hoje é a de mudança. Não digo mudança de comportamento. A mudança que proponho é da forma como encaramos a vida. Ao invés de reclamar, de criticar, de ser pessimista, vamos ver a vida pelo lado positivo.
 
Por exemplo: se você tem algum problema de saúde, pense que está vivo e ainda tem muito a realizar. Se você julga o Brasil um país ruim para se viver, lembre-se que não sofremos com guerras, ataques ou mesmo abalos sísmicos. Se seus problemas são financeiros, pense que cabe a você, e não a seu emprego, sustentar seu ganha-pão. Se você torce para o Palmeiras... bem, vamos deixar esse problema de lado.
 
Brincadeiras à parte - e, a propósito, apesar de minha família ser palmeirense, torço unicamente para o São Bento, time de Sorocaba - a atitude de mudança que proponho é a mudança de atitude.
Encare dessa forma: se posso ver a situação com bons olhos, porque pensar no ruim? Não quero dizer que tudo é perfeito, que o mundo vive às “mil maravilhas”. Existem problemas econômicos, de violência, na vida pessoal... Mas a forma como iremos encarar os problemas, a energia que deixaremos fluir, irá nos aproximar de coisas igualmente boas. Se, mesmo com dificuldades, você acaba por sorrir, pessoas a sua volta gostarão de você e estarão a seu lado.
 
Ilustro essa atitude por um cartaz que li na WR Usinagens: “Dificilmente existe alguma coisa neste mundo que não se possa fazer um pouco pior e vender mais barato. E as pessoas que consideram acima de tudo o preço são suas piores vítimas. Preferimos explicar o preço a ter que nos desculpar pela qualidade”. Está vendo. Não reclamaram da barganha de preços da concorrência; simplesmente trabalham com um valor justo pelos serviços sem deixar cair a qualidade. E, não sei quanto a você, mas quando li o cartaz sorri e minha atitude foi diferente depois dessa visita.
 
No livro “O Tesouro na Rua - Uma Aventura pelos 500 Anos da História Econômica do Brasil”, o autor Cristovam Buarque (ex-Governador do Distrito Federal e atual Ministro da Educação) comenta: “Sonhar com o futuro pode ser uma aventura para quem não tem medo de mudança. E o desafio está em saber qual a pequena mudança que deve ser feita no momento certo”.
 
Agora é com você.
 
 
 
 
“Sem a oposição do vento a pipa não consegue subir”.
Sabedoria Popular