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Superação

Superação

01/11/2007
Pressão no trabalho, stress, falta de motivação e outras situações similares são um grande fator que emperra o dia-a-dia das pessoas, seja em sua vida particular, seja na vida profissional.
Basta acontecer uma situação negativa que é comum ficarmos de "faróis baixos". E, ao que parece, fazemos questão em demonstrar esse descontentamento aos outros, o que acaba por agravar a situação.
 
Segundo o consultor e palestrante norte-americano Jeffrey Gitomer, autor do livro "A Bíblia de Vendas", isso ocorre devido a uma deficiência mental auto imposta, isto é, pelo fato de colocarmos uma dificuldade diante de nós com a certeza de que ela é superior à nossa capacidade e vontade. Com isso, deixamos passar as oportunidades porque nos focamos demais em obstáculos.
 
No entanto, as pessoas com deficiências físicas superam regularmente seus desafios (incapacidade) de uma forma que motiva os outros. Basta olharmos para o lado e percebemos pessoas com cadeiras de rodas, amputações, deficiência visual, etc, que lutam para conseguir seu espaço e alcançam seu objetivo. Certamente, seria bem mais fácil culpar o problema e viver "dentro de uma concha".
 
Toni Melendez, por exemplo, é um nicaraguense que nasceu sem os braços. Mas nem por isso aceitou as dificuldades que a vida lhe impingiu. Com extrema tenacidade e força de vontade, tornou-se uma criança normal: jogava bola, estudava e brincava. E foi além: quis tocar violão. Aprendeu a arte da música e toca seu instrumento com os pés. Casou-se, tem filhos, tornou-se um músico de sucesso e até fez uma apresentação que emocionou o Papa João Paulo II.
Anos atrás recebi um e-mail de um homem que realiza um prova de triatlo (natação, ciclismo e corrida) carregando seu irmão ou filho, que é portador de algum tipo de deficiência mental. Uma bela história de inspiração e superação.
 
Essas pessoas superam as dificuldades com o auxílio de outros. Mas há uma força maior que é o estopim de tudo: a obstinação, representada pela perseverança, pela vontade, pela atitude.
Quando colocamos as tais deficiências mentais como um obstáculo para nós, é necessária ajuda. Na verdade, auto-ajuda. Afinal, somente nós podemos nos convencer de que somos capazes em superar as dificuldades, mesmo que a situação se mostre desfavorável.
 
É bem mais fácil inventar uma desculpa e acreditar nela do que tentar superar um desafio. "Não consigo falar com ele pelo telefone", "Ela não vai retornar as minhas ligações", "Ele não vai me atender", "Eu perdi a hora", "Eu me esqueci", "Ninguém me avisou", "Ela não foi ao nosso encontro"...
Com essas afirmações, damos a situação como certa e encerrada. Fica tudo por isso mesmo, sem um desfecho, sem um resultado ou resposta efetiva. Mas até aí, tudo bem, porque nos convencemos que a culpa não é da gente.
 
Para alcançarmos nossos objetivos precisamos ter foco, olhando para a conquista que almejamos com intensidade, desejo e compromisso, superando as dificuldades que encontramos pelo caminho.
Trazendo a questão para meu lado profissional, percebo que em muitas empresas o marketing ainda não é tido como uma ferramenta de crescimento da organização. E muitos profissionais do setor culpam seus superiores por isso e aceitam a situação com comodidade, ao invés de desenvolver um plano de ação que possa convencê-los do contrário. E, se não der da primeira vez, que sejam feitas duas, três, dez, vinte abordagens a fim de se alcançar a meta.
 
Mas isso acontece em todas as áreas e profissões e, principalmente, na vida pessoal.
Cabe a nós mudar. Cabe a nós fazer. Cabe a nós levantarmos da cadeira e partirmos em busca de nossos objetivos.
 
Uma boa caminhada para você.
 
 
 
"Você recebeu um saco de cimento e um balde de água. Você pode construir um degrau para subir ou um bloco para tropeçar. A opção é - e sempre foi - sua."
Jeffrey Gitomer