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Transformação no Pensamento

Transformação no Pensamento

01/03/2014
Desde os estudos da mais-valia, de Karl Marx, passando pelos modelos de administração científica de Friederich Taylor e Henry Grant, pelos sistemas de incentivo de Harrington Emerson, muito se discute o foco profissional em cima de produtividade e resultados.
 
Tendo avançado um século, com o advento de novas facilidades comerciais, tais como transporte e telecomunicações, as exigências se transformaram.
Por volta de 1950, com as lições trazidas por Peter Drucker, o empresário começou a olhar para fora da empresa, entendendo que era no mercado que estariam todas as novas oportunidades.
 
Se pensarmos um pouco mais sobre o “ser empresarial”, vermos a evolução de seu comportamento nos últimos 200 anos:
• em 1800, o mundo era agrícola e o homem olhava para baixo, pois era na terra que estava o sustento e sobrevivência;
• já em 1850, o homem levanta a cabeça e olha para trás, em busca de matéria-prima para criar seus produtos. Afinal, qualquer coisa que fosse produzida tinha enorme demanda;
• em meados de 1900 as empresas crescem e começam a se aperfeiçoar na produção. Então o homem passa a olhar para dentro da empresa a fim de melhor se organizar;
• a partir de 1954 o ser empresarial começa a olhar para fora, a reconhecer o mercado, uma vez que suas decisões irão dar maior competitividade, agregando valor a seus produtos e serviços;
• atualmente, após o ano 2000, as empresas passam a ser olhadas de fora para dentro, colocando-se no lugar do cliente para entender o comportamento e interesse do consumidor.
 
Essa racionalização serve de base para pautar um único ponto: praticar marketing é difícil. 
Na verdade, praticar marketing é extremamente difícil porque contraria a natureza humana. 
Contraria o fato de que somos concebidos, feitos e caminhamos pela vida, de dentro para fora, de trás para frente.
E, para fazermos e praticarmos o marketing, temos de reverter radicalmente esse quadro.
Temos de aprender sempre, em todas as situações, caminhar de frente para trás, de fora para dentro, do mercado para a empresa, do cliente para o produto.
 
Dizem que, para evoluir, é preciso questionar a ordem vigente.
Mas, em âmbito empresarial, esse tem sido o grande problema: não está existindo questionamento.
Na maioria dos casos, não há qualquer tipo de análise ou reflexão sobre os negócios. Surgem gurus com novas técnicas, escrevem "best-sellers" e alguns vão navegam nessa onda, até que surge uma outra teoria e toda a organização muda novamente. Assim não há timoneiro que se prontifique a assumir um leme desses.
 
Se Copérnico não questionasse a teoria Geocêntrica, a humanidade continuaria julgando ser a Terra o centro do universo.Se nós não questionarmos a logocentria de nossas empresas, continuaremos julgando que todos os clientes dependem apenas de nosso negócio.
A questão é assumir o risco ou abrir a cabeça para a realidade.
 
 
 
"Acreditamos com facilidade naquilo que desejamos". 
Júlio César