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Um Domingo Qualquer

Um Domingo Qualquer

01/04/2001
É possível Al Pacino, Denis Quaid, Cameron Diaz e James Woods ensinarem marketing?
Assista ao filme “Um Domingo Qualquer” e depois responda...
 
O filme desenvolve-se no círculo do maior esporte dos EUA: futebol americano. Pacino é o técnico dos Sharks, um grande time que amarga uma série de derrotas; Cameron Diaz é a dirigente do time (interessada nos lucros da equipe); James Woods é o médico da equipe que coloca em pauta a ética médica; Denis Quaid é o astro, o “quarterback”, já perto de sua aposentadoria.
 
Quando Quaid se machuca, entra em seu lugar o zagueiro reserva, com grandes atuações, porém egocêntrico. Para ele, o time é perdedor e somente ele é responsável pelas novas vitórias. Há ainda pressões da imprensa e da vida pessoal de cada um deles. O ambiente do time torna-se insustentável, com brigas entre atletas e comissão técnica.
 
Mas chega! Não vou contar mais sobre o filme para não perder a graça. Assista.
A lição de liderança e ambiente de trabalho é enorme. E pode ser aplicada em seu trabalho e na vida pessoal.
Hoje é comum o estresse nas empresas, onde as pessoas convivem num mesmo ambiente sem gostarem umas das outras ou, até mesmo, competindo entre si e gerando conflitos: problemas de falta de liderança e de “teamwork”.
 
Com a chegada do século 21, algumas tendências são inevitáveis para os executivos, como dar maior atenção ao ambiente de trabalho. As empresas que ignorarem o clima organizacional estão perdidas. Algumas tendências de natureza psicológica, os fenômenos de downsizing e as reengenharias nos mostram uma era de “narcisismo”. As pessoas que ingressam na corporação agora fazem parte do que Tom Wolf chamou de “Geração do Eu”, que não pergunta o que podem fazer pela organização, mas o que esta pode fazer por elas. Esta preocupação egocêntrica gera mobilidade nas carreiras dos profissionais, ocasionando rotatividade em todos os escalões da empresa.
 
Neste mundo dinâmico, novo e turbulento, as mudanças empresariais devem ter mais ênfase, voltando suas preocupações também para o seu pessoal, criando uma cultura organizacional que adote referências dentro e fora da empresa. O trabalho em equipe e a colaboração serão essenciais. Será necessária a existência de um novo líder, de executivos que assumam o papel de treinador e que construam um clima de confiança, que facilitem a comunicação interna e se expressem de maneira objetiva, mostrando comprometimento com o sucesso e que respeitem subordinados.
 
Assim, o executivo que se engaja na busca pela excelência tem que ser equilibrado, mantendo a harmonia nos vários grupos de trabalho. E não pode esquecer que o difícil de se administrar é o fracasso e o sucesso.
 
E sua empresa, como está? Tudo em ordem? Responda com sinceridade e sem achismos a essas perguntas:
• Os seus funcionários são fiéis a você e a sua empresa?
• Você sabe o que o seu pessoal precisa para produzir mais e melhor?
• Sua equipe foi informada sobre o que se espera dela?
• Você define metas a serem alcançadas?
• Como é o relacionamento de seus funcionários? Há disputas internas?
• Como você define o clima em sua organização?
 
Este check-list, com certeza, não representa tudo, mas apenas uma ínfima parcela de algumas questões básicas. A partir do reconhecimento de alguns pontos, podemos dar início a um novo trabalho de gerenciar o pessoal, transformando-o numa verdadeira e competitiva equipe. Tarefa árdua e trabalhosa, mas necessária.
 
Você, com capacidade de liderança e conhecimento das informações, é quem pode “fazer as coisas acontecerem”.
 
 
 
“A verdadeira dificuldade não está em aceitar ideias novas. Está em escapar das ideias antigas”.
John Maynard Keynes