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Modo Soneca

Modo Soneca

01/12/2019
• Começo o regime na segunda.
• No próximo ano pego firme na academia.
• Vou estudar para as provas finais amanhã.
• Quando der tempo eu vejo aquele relatório.
• Depois eu conserto esse vazamento no telhado.
• Adoro a Tia Zulmira. Mas só posso visitá-la no próximo sábado.
• No almoço eu leio aquele artigo por inteiro.
• Agendo a consulta com o médico na semana que vem.
• Amanhã eu me esforço mais para bater as metas.
• Qualquer hora eu paro na oficina para ver o que é.
• Mais tarde eu varro a casa e lavo a louça.
• Agora não é hora de planejar; vamos fechar o ano.
 
Por que “empurramos com a barriga”?
Por que deixamos para depois as coisas que são importantes?
Talvez a velocidade do mundo moderno tenha nos imposto, inconscientemente, essa Síndrome de Procrastinação. Com isso, passamos a focar no que precisamos fazer aqui e agora. Mas o grande problema é deixar de lado para outras coisas de grande importância. Na prática, é como ter uma dorzinha no peito, mas não dar bola e deixar o cardiologista para depois; e torcer para que o infarto não venha antes.
 
O problema é que a pessoa fica dividida entre o dever e o lazer, entre a culpa ou prazer, entre o comodismo e a atitude. E a zona de conforto atual poderá provocar forte stress mais tarde. Esse comportamento repetitivo se torna um hábito, uma vez que a tarefa que precisa ser realizada traz certo desconforto ou é desagradável, além de exigir exigindo atenção, esforço, tempo e motivação.
 
Em 2013 escrevi outro artigo abordando esse tema (https://www.mktsorocaba.com.br/artigo/sindrome-da-procrastinacao) e, pelo visto, continua atual. O grande problema é que, quando temos o pensamento de procrastinar, acabamos encontrando justificativas mentais que nos reforçam o “deixa para depois”.
 
Profissionalmente falando, o procrastinar de uns gera problemas enormes em todo o processo produtivo, atrasando o desenvolvimento e entrega de produtos e serviços. É uma reação em cadeia que, quando o problema estiver no auge, trará à tona o jogo de “empurra-empurra”, com vitimites, desculpismos e fuga de responsabilidades.
 
O que fazer?
O primeiro passo é aceitar que procrastinamos. Afinal, normalmente, quando somos “acusados” de não fazer algo, de imediato já damos uma resposta ou desculpa. Só isso já nos faz perceber a realidade do “deixar para depois”.
Após aceitarmos nossa falibilidade, precisamos compreender o porquê. Pensamos em adiar algo porque nos traz determinados sentimentos (prazer, evitar a dor, conforto, medo de não conseguir, etc), e estes nos conduzem à atitude de não fazer.
 
Essa reflexão muda tudo, quando colocada em prática.
E irá reverberar positivamente na sua vida pessoal e profissional, bem como na dos seus familiares e colegas de trabalho.
 
Pare de ativar o “modo soneca” quando seu despertador tocar.
Acordaaaaaaaaaaaaa!!!
 
 
 
“Carpe diem quam minimum credula postero”.
“Aproveita este dia, não confie no futuro”.
  Horácio