Em algumas empresas tenho percebido a indiferença que alguns departamentos têm em relação a outros. Alguns profissionais ou setores se colocam acima de tudo. Isso gera uma competição interna, intriga entre profissionais, desunião completa da organização. Na verdade, percebe-se que são "pequenas empresas" dentro de uma empresa maior.
 
Com isso, quem perde é quem mantém a empresa viva: o Cliente. Ele perde porque os valores, a missão e a visão da empresa ficam comprometidos. E isso faz com que todos os pontos de contato existentes sejam prejudicados. Afinal, a "guerra departamental" da empresa faz com que um não se preocupe com as dificuldades do outro.
 
Dias desses, num treinamento em uma empresa contei uma história recebida pela web, denominada o "Rato da Fazenda". É mais ou menos assim...
Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que poderia haver ali. Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado.
Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!!!
 A galinha disse:
- Desculpe-me, senhor Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
O rato foi até o porco e lhe disse:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!!!
- Desculpe-me, senhor Rato - disse o porco - mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique tranqüilo que o senhor será lembrado nas minhas preces.
O rato dirigiu-se, então, à vaca. Ela lhe disse:
- O que, senhor Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!
Então, o rato voltou para a casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro. Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não viu que era a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher...
 O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre. Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal. Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la.
Para alimentá-los o fazendeiro matou o porco. A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro, então, sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.
 
Moral da História: Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que, quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco. O problema de um é problema de todos.
 
É isso o que devemos levar para nossas empresas. Devemos perceber a importância de cada colega, de cada colaborador, e que é a somatória daquilo que cada um faz que tornará a empresa ruim ou excelente aos olhos do Cliente.
  
  
 
"A coisa mais importante da vida é saber o que é importante".
Otto Milo